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Mercado acompanha proposta do governo de liberar saques de contas ativas do FGTS

Medida para estímulo de consumo injetaria até R$ 42 bilhões na economia do País; guerra comercial entre Estados Unidos e China afeta Bolsas no exterior

17 jul 2019 - 09h03
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Uma piora aparente nas relações entre Estados Unidos e China pesou nas Bolsas asiáticas, já limita o fôlego nos mercados europeus e de Nova York e tende a afetar o humor também no mercado brasileiro nesta quarta-feira, 17.

Por aqui, o investidor deve monitorar a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento da Cúpula do Mercosul, que deve ter a presença do presidente Jair Bolsonaro, em Santa Fé, na Argentina.

Liberação do FGTS

A atenção se volta a eventuais declarações do governo sobre a intenção de liberar o saque de até 35% dos saldos das contas ativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS/Pasep, além da proposta de reforma tributária. Já há um projeto para simplificação dos tributos na Câmara, mas outros quatro estão em análise, inclusive o preparado pela equipe econômica.

A liberação da parcela do FGTS corresponderia a uma injeção de cerca de R$ 42 bilhões na economia do País. O plano é uma tentativa de reanimar o consumo ainda este ano, em meio à projeção oficial de crescimento do PIB brasileiro de 0,81%.

Deve repercutir também o plano de venda da Eletrobrás. O governo prepara o anúncio de seu programa de privatização - o vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira, 16, que Bolsonaro vai "privatizar tudo aquilo que puder ser privatizado", incluindo a Petrobrás.

Mineradoras e telecomunicações no foco

As ações da Vale, de CSN e de Bradespar - acionista da mineradora - deverão ficar no foco dos investidores mais uma vez nesta quarta-feira. Isso porque, após a Rio Tinto informar há dois dias que sua produção de minério de ferro no segundo trimestre recuou 7% na comparação anual - o que impulsionou o preço da commodity -, nesta terça foi a vez da BHP dizer que sua produção ficou estável na mesma base de comparação.

Fique de olho também nas empresas de telecomunicações, depois que o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que a Casa deve aprovar a nova lei geral do setor até o fim de agosto.

Guerra comercial

O presidente americano, Donald Trump, declarou que há "um longo caminho pela frente" até um acordo comercial com China, o que foi interpretado por alguns analistas como uma ameaça renovada de mais tarifas sobre produtos chineses. O governo chinês não se manifestou até o momento.

Ficam no radar também os balanços corporativos do segundo trimestre dos Estados Unidos - incluindo Netflix e IBM, além da divulgação do Livro Bege, o relatório sobre a situação econômica dos Estados Unidos.

Tanto no Brasil quanto nos EUA, o mercado dá como certo o corte de juros ainda neste mês e discute agora a magnitude dessa redução nas taxas. / Silvana Rocha, Maria Regina Silva, Niviane Magalhães e Renato Carvalho

Estadão
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