Master: comissão do Senado requer informações do BC sobre venda de fatia de banco acertada com BRB
Documento solicita informações como o porcentual de ações ordinárias e preferenciais previstas na aquisição e se o BRB será o controlador pleno
BRASÍLIA - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira, 1º, aprovou um requerimento de informações do Banco Central (BC) sobre a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB).
De autoria do senador Izalci Lucas (PL-DF), o requerimento apresenta questionamentos ao presidente do BC, Gabriel Galípolo, sobre "detalhes da operação de compra do Banco Master pelo Banco de Brasília, de maneira especial o percentual de ações ordinárias e preferenciais adquiridos e o novo desenho societário".
O documento também requisita as respostas para as seguintes questões:
- BRB será o controlador pleno do Banco Master?
- Qual será a posição do atual CEO do Banco Master a partir da aquisição pelo BRB?
- Quais os critérios utilizados na segregação dos ativos do Banco Master?
- Quais ativos do Banco Master estão sendo adquiridos pelo BRB e quais estão ficando de fora?
- Quais os possíveis riscos, consequências e chances de que os "ativos de duvidosa qualidade ou ativos podres" do Banco Master contaminem o patrimônio e as demonstrações contáveis do BRB?
- É verdadeira a afirmação do Valor Econômico de que os depósitos elegíveis do Master representam quase 50% da liquidez do FGC?
- É normal, regular e recomendável que apenas uma instituição financeira, no caso, o Banco Master, "se aproprie" de quase metade dos recursos do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), fundo destinado a proteger o patrimônio de investidores pessoa física com até R$ 250.000,00 por CPF?
Na justificativa, Izalci Lucas afirma que a compra do Banco Master pelo BRB é uma operação estratégica para criar um conglomerado mais robusto, no entanto, "envolve riscos que precisam ser analisados sob diferentes perspectivas: financeira, operacional, regulatória e de mercado".