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Mantega: PIB brasileiro ainda pode crescer 2,5% neste ano

A economia brasileira encolheu no terceiro trimestre deste ano, primeiro resultado negativo e o pior em mais de quatro anos, afetada sobretudo pela queda dos investimentos e sinalizando que a recuperação da atividade será mais difícil daqui para frente

3 dez 2013 - 11h42
(atualizado às 12h39)
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<p>Mantega afirmou nesta terça-feira que a economia brasileira está numa trajetória de expansão gradual que deve continuar nos próximos trimestres</p>
Mantega afirmou nesta terça-feira que a economia brasileira está numa trajetória de expansão gradual que deve continuar nos próximos trimestres
Foto: Nacho Doce / Reuters

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira que a economia brasileira está numa trajetória de expansão gradual que deve continuar nos próximos trimestres, e defendeu que ainda é possível que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresça 2,5% neste ano. "Recuperação talvez não seja na velocidade que gostaríamos", afirmou a jornalistas o ministro ao comentar o resultado do PIB no terceiro trimestre deste ano, com retração de 0,5%.

A economia brasileira encolheu no terceiro trimestre deste ano, primeiro resultado negativo e o pior em mais de quatro anos, afetada sobretudo pela queda dos investimentos e sinalizando que a recuperação da atividade será mais difícil daqui para frente. Sobre a dinâmica da expansão do PIB, o ministro avaliou que os investimentos estão acelerando e deverão registrar alta entre 6% e 7% neste ano em relação a 2012, apesar de terem encolhido 2,2% no trimestre passado sobre os três meses anteriores.

"O crescimento é gradual porque no mundo todo está sendo assim, e esse crescimento se dá principalmente em investimentos, bens de capital", disse Mantega a jornalistas, acrescentando que, por outro lado, vai demorar "mais alguns anos" para que a Formação Bruta de Capital Fixo -uma medida de investimento - corresponda a 24% do PIB. O programa de concessões que está em curso, nos setores de infraestrutura e logística, vai ajudar a elevar o crescimento potencial do país, de 4%, afirmou ele.

Mantega reconheceu que as sucessivas elevações na Selic tiveram impacto no crescimento da atividade neste ano. Em abril passado, o Banco Central iniciou um ciclo de aperto monetário que já levou a taxa básica de juros de 7,25% para o atual patamar de 10%, a fim de combater a inflação por meio do encarecimento do crédito e, consequentemente, do consumo.

O ministro afirmou que o consumo das famílias está sendo prejudicado pela falta de crédito, mas considera que com a queda da inadimplência e com o menor comprometimento da renda dos brasileiros, o consumo avançará. Mantega disse ainda que o crescimento baixo atrapalha o resultado fiscal, mas repetiu que o governo central - governo federal, BC e Previdência vão cumprir sua meta de superávit primário de R$ 73 bilhões neste ano. Ele também citou o atual momento da economia mundial, que vem mostrando recuperação e será seguida pelo Brasil.

Trimestre

Na comparação com igual período de 2012, a atividade no trimestre passado cresceu 2,2%. A queda na base sequencial veio depois de uma expansão revisada de 1,8% do PIB no segundo trimestre ante o primeiro. Pesquisa Reuters indicava que a economia brasileira teria contração de 0,2% nos três meses até setembro sobre o segundo trimestre e avançaria 2,5% na comparação anual, segundo a mediana das projeções e sem considerar a nova metodologia do IBGE para o PIB.

Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixo, uma medida de investimento, recuou 2,2% no terceiro trimestre sobre o período imediatamente anterior, no pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2012 (-2,7%) e na primeira queda em um ano. O governo da presidente Dilma Rousseff assumiu o discurso de que os investimentos serão o principal motor da economia brasileira, tendo como pano de fundo as concessões de infraestrutura e logística já feitas e programadas para o próximo ano.

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