Justiça determina pagamento de R$ 16 mi a ex-funcionários da Vasp
A Justiça determinou o pagamento de R$ 16 milhões, segundo lote, aos credores prioritários da companhia aérea Vasp. Ao todo, mil credores, entre trabalhadores e fornecedores que trabalharam durante o período de recuperação judicial da companhia aérea - de 2005 a 2008 - têm direito ao pagamento. No ano passado, o primeiro lote foi pago a essas pessoas físicas ou jurídicas no valor de R$ 27 milhões. A Vasp faliu em 2008 e, com esse novo lote, o pagamento dos credores prioritários será encerrado.
Segundo juiz titular da 1ª Vara de Falências de São Paulo, Daniel Carnio Costa, responsável pelo caso da companhia aérea, a partir de agora o processo continua para pagar os credores trabalhistas - aqueles que saíram antes de 2005 e moveram ações contra a companhia por não terem recebido corretamente as verbas trabalhistas ao se desligar da empresa. Costa afirma que ainda não há um número fechado de trabalhadores que entrarão nesta lista, mas atualmente esse número está em 6 mil. "Chegam condenações trabalhistas contra a Vasp e, na medida em que são julgadas, elas entram na lista de credores", afirmou ao Terra.
Para continuar os pagamentos, a Justiça realizará dois leilões no próximo mês: dia 26 e 29. No primeiro dia, serão vendidas partes de aviões da companhia aérea que estavam no aeroporto de Congonhas, São Paulo (SP). No segundo dia, serão leiloados 20 lotes de objetos para colecionadores, como: caixa preta, hélice de turbina, relógio de painel de avião, entre outros. Os lances poderão ser presenciais ou pela internet. Segundo Costa, o evento será na Casa de Portugal (avenida da Liberdade, 602 - São Paulo) e pelo site Freitas Leiloeiro (http://www.freitasleiloeiro.com.br).
Após o pagamento dos credores trabalhistas, será a vez dos credores fiscais e dos com e sem garantia. "Toda hora surgem novos pedidos de habilitação (como credores)", diz Costa. "Grande parte da dívida da Vasp é com empresas e os valores são altos", afirma o juiz.
O processo de falência - com mais de 15 mil volumes e o maior do Brasil, de acordo com Costa, - não tem prazo para ser finalizado.