Juros entram no radar com agenda cheia no Brasil e nos EUA
Mercado está de olho na ata do Copom, dados de emprego e inflação
No Brasil, os investidores acompanham a divulgação da ata do Copom, do IBC-Br — prévia do PIB. O mercado também segue de olho no Relatório de Política Monetária, com as apostas sobre o início dos cortes da Selic divididas entre janeiro e março.
A última semana cheia do ano começa com o mercado atento aos juros no Brasil e nos Estados Unidos, após um pregão positivo na Bolsa, com o Ibovespa retomando os 160 mil pontos. Na sexta-feira (12), o principal índice brasileiro, subiu 0,99%.
A alta foi impulsionada pela decisão dos EUA de suspender restrições ao ministro do STF Alexandre de Moraes e à sua esposa, o que reduziu a percepção de risco institucional. Com isso, o Ibovespa acumula valorização de 33,66% no ano, caminhando para o maior ganho anual desde 2016.
Em destaque no Ibovespa, o setor bancário liderou os ganhos, com o Bradesco em alta de 1,20% (ON) e 0,65% (PN). A Petrobras avançou 1,22% (ON) e 1,06% (PN), enquanto a Vale encerrou próxima da estabilidade, com leve queda de 0,06%.
No câmbio, o dólar fechou praticamente estável, com leve alta de 0,12% ante o real, cotado a R$ 5,41, em meio às discussões políticas e à antecipação do cenário eleitoral de 2026.
No cenário internacional, a semana reúne indicadores relevantes e decisões de política monetária. Nos Estados Unidos, o destaque é o relatório de empregos (payroll) e o índice de inflação (CPI), que podem alterar as expectativas sobre os juros. Bancos centrais como o BCE, o BoE e o BoJ também decidem suas taxas nos próximos dias.
Na Ásia, os mercados fecharam em queda após dados fracos da China. As vendas no varejo cresceram apenas 1,3% em novembro, abaixo da expectativa de 3%, enquanto a produção industrial avançou 4,8%. Além desses dados, o investimento imobiliário acumula retração de 15,9% no ano, pressionando as bolsas da região.
No Brasil, os investidores acompanham a divulgação da ata do Copom, do IBC-Br — prévia do PIB. O mercado também segue de olho no Relatório de Política Monetária, com as apostas sobre o início dos cortes da Selic divididas entre janeiro e março.
No noticiário corporativo, a Petrobras confirmou greve de funcionários a partir desta semana, enquanto a Cemig anunciou um plano de investimentos de R$ 44 bilhões entre 2026 e 2030 e a Azul aprovou seu plano de reestruturação nos Estados Unidos.
No Congresso, aumenta o risco de o país começar 2026 sem Orçamento aprovado. Com apenas cinco dias antes do recesso e impasses sobre emendas, a votação pode atrasar. Sem o aval do Orçamento, o governo só poderá gastar 1/12 das despesas em janeiro, o que ameaça o funcionamento de programas e da máquina pública no início do ano eleitoral.
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