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INSS: Governo quer verificar 800 mil beneficiários temporários até o fim do ano para evitar fraude

Segundo o ministro da Previdência, Carlos Lupi, verificações devem trazer economia ao País, porque há 'muitos pagamentos indevidos'; 30 mil verificações já foram realizadas

29 jul 2024 - 15h20
(atualizado às 17h09)
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Carlos Lupi, ministro da Previdência Social.
Carlos Lupi, ministro da Previdência Social.
Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO / Estadão

RIO - O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse nesta segunda-feira, 29, que já foram realizadas 30 mil verificações de beneficiários temporários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e que até o fim do ano o número chegará a 800 mil verificações presenciais.

"Nosso grande desafio hoje é evitar fraude. Tem muita gente que frauda a Previdência Social, que frauda o BPC-LOAS (Benefício de Prestação Continuada - Lei Orgânica da Assistência Social) para ter benefícios indevidos."

Indagado sobre o impacto das verificações, Lupi disse que as verificações devem trazer economia, porque há "muitos pagamentos indevidos".

Lupi disse ainda que 60% dos municípios não conseguiriam funcionar se não fossem os benefícios do INSS. O maior desafio do governo, hoje, segundo ele, "é a gente conseguir ser eficiente". Ele ressaltou que a Previdência coloca R$ 65 bilhões na economia todos os meses, e que 22% desse volume retorna ao governo como impostos diretos e indiretos.

O ministro participou da Conferência Nacional dos Agentes Produtores e Usuários de Dados - Soberania Nacional em Geociências, Estatísticas e Dados: riscos e oportunidades do Brasil na Era Digital, e assinou um convênio da Previdência com o IBGE. O evento aconteceu na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro.

Lupi afirmou que a média salarial no Brasil, atualmente, é de R$ 1.860. "É baixo, mas o possível em um País destruído", disse. Ele destacou que, nos últimos anos, o Brasil passou por um período de "destruição do Estado, da democracia e do valores".

O ministro afirmou ainda que, na América Latina, os benefícios sociais são ameaçados pelas elites.

Estadão
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