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Nosso trabalho é terminar mandato com superávit e grau de investimento, diz nº 2 da Fazenda

Secretário-executivo da pasta comandada por Haddad, Dario Durigan, afirmou que alta dos juros é um 'desafio importante' para o crescimento do País e que debate sobre isenção de IR tem de ser feito com 'cuidado'

17 fev 2025 - 14h37
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O Ministério da Fazenda irá trabalhar para encerrar o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o Brasil tendo grau de investimento e começando a ter algum superávit, segundo o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan.

"Devemos terminar este mandato com grau de investimento, começando a ter algum superávit. Toda a energia do nosso trabalho será direcionada para isso", afirmou no evento "Plano de Voo 2025?, organizado pela Amcham Brasil.

O secretário-executivo disse ainda que a Fazenda trabalha para buscar o equilíbrio das contas públicas, mencionando que o governo atual está fazendo um ajuste fiscal importante, ao mesmo tempo em que mantém a economia em bom patamar.

Segundo Durigan, a Fazenda projeta um crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 e de 2,3% em 2025. "Estamos percebendo uma desaceleração da economia, Caged no fim do ano tem apontado para isso", afirmou.

Ele relembrou que a Fazenda teve que trabalhar com "muita quebra de projeções e muita superação de expectativa" nos últimos dois anos. Enquanto a pasta tinha projeção de crescimento de 0,8% em 2023, a economia cresceu 3,8%. Já as primeiras expectativas para 2024 eram de crescimento inferior a 2%, quando a tendência atual é de crescimento de 3,5%, aponta.

A expectativa de Durigan é que o setor de agricultura seja o maior responsável pelo crescimento econômico em 2025. Já os setores de indústria e serviços também devem ter alta relevante, ainda que em nível inferior ao visto em 2024.

Em termos de balança comercial, a exportação deve ser puxada pelo agro. Já a importação deve ficar em nível menor do que em 2024, em razão do desaquecimento econômico.

Os gastos públicos em 2025 tendem a ter uma trajetória de crescimento menor, em relação ao PIB, do que nos últimos anos.

O secretário destacou ainda que a política monetária será um "desafio importante" para o crescimento econômico do País. Ele fez a afirmação ao ser instado a exibir para os expectadores do evento as projeções do Ministério da Fazenda para o crescimento da economia brasileira para 2024 e 2025.

Ao ser questionado sobre se a desaceleração na velocidade do crescimento da economia em 2025 se daria em decorrência da elevada taxa de juro, o secretário afirmou que sim. "A política monetária será um desafio importante para o crescimento econômico do País", reforçou.

Sem citar diretamente a redução dos estímulos fiscais, contribuindo para a desaceleração do crescimento da economia em 2025, ele disse que o déficit primário, quem em 2023 superou os R$ 200 bilhões, tem caído significativamente e que, no ano passado, fechou em R$ 12 bilhões.

Em painel que antecedeu o do Durigan, o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, previu que ao final do ano as pessoas terão a sensação de que realmente a política monetária funcionou.

Isenção do Imposto de Renda

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda afirmou que o debate de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil — que deve beneficiar mais de 10 milhões de pessoas — "tem de ser feito com cuidado, é um debate para o ano" e que não deve ser feito de maneira afoita.

"É um debate que merece cuidado", afirma Durigan, ressaltando que a proposta é "uma matéria de justiça, mais do que um elemento de discussão fiscal".

Ele disse considerar que o ajuste fiscal realizado pelo governo Lula é "inteligente". Enquanto o déficit em 2023 foi superior a R$ 200 bilhões, em 2024 foi "muito baixo", em R$ 12 bilhões.

"Estamos fazendo ajuste fiscal importante, ao mesmo tempo em que mantemos economia em bom patamar", considera.

Durigan reuniu ainda quatro pontos benéficos da reforma tributária: a redução do custo de transações das empresas, por meio da simplificação; a redução da guerra fiscal; a redução da sonegação; e maior transparência.

Estadão
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