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Ibovespa fecha quase estável após nova pesquisa Datafolha

O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,04%, a 52.411 pontos, o menor patamar desde 5 de junho

22 out 2014 - 18h29
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<p>O volume financeiro do preg&atilde;o somou R$ 7 bilh&otilde;es, bem abaixo da m&eacute;dia di&aacute;ria de outubro, de R$&nbsp;10,9 bilh&otilde;es&nbsp;at&eacute; o dia 21</p>
O volume financeiro do pregão somou R$ 7 bilhões, bem abaixo da média diária de outubro, de R$ 10,9 bilhões até o dia 21
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

A Bovespa fechou praticamente estável nesta quarta-feira, em sessão marcada por um volume reduzido de negócios, deivdo um mercado cauteloso antes da definição da eleição presidencial no próximo domingo.

O Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,04%, a 52.411 pontos, renovando o menor patamar desde 5 de junho.

A ausência de grandes novidades na cena eleitoral amparou uma trégua na forte queda dos últimos dois dias, de quase 6% por ajustes ao cenário com Dilma Rousseff (PT) à frente de Aécio Neves (PSDB) numericamente na corrida presidencial.

No melhor momento da sessão, o principal índice da bolsa paulista alcançou 53.229 pontos, com alta de 1,52%, acompanhando a melhora de Wall Street. Mas as bolsas nos Estados Unidos enfraqueceram, respingando na Bovespa.

O volume financeiro do pregão somou R$ 7 bilhões, bem abaixo da média diária de outubro, de R$ 10,9 bilhões até o dia 21.

A pesquisa Datafolha publicada nesta quarta-feira manteve resultado de levantamento conhecido na segunda-feira: Dilma com 52% dos votos válidos e Aécio com 48%, em empate técnico no limite da margem de erro.

Não é 'o fim do mundo'

O analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, avalia que a liderança da presidente dentro da margem de erro já está bastante precificada, e que o Ibovespa não deve variar muito se novas pesquisas repetirem tal cenário.

Barbosa, contudo, avalia que novas quedas podem acontecer se a vantagem de Dilma aumentar, embora não vislumbre "o fim do mundo" na bolsa, mesmo no caso de reeleição da petista, pois o mercado já ajustou bastante.

<p>O analista Marco Aur&eacute;lio Barbosa, da CM Capital Markets, avalia que que novas quedas podem acontecer se a vantagem de Dilma Rousseff aumentar, embora n&atilde;o vislumbre &quot;o fim do mundo&quot; na bolsa</p>
O analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, avalia que que novas quedas podem acontecer se a vantagem de Dilma Rousseff aumentar, embora não vislumbre "o fim do mundo" na bolsa
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

"Agora, se reverter para o Aécio, (tanto em melhora na pesquisa, como eventual vitória na eleição), a bolsa sobe", disse.

Operadores e analistas têm manifestado insatisfação com as diretrizes econômicas do atual governo, e resultados de pesquisas sugerindo manutenção ou alternância do governo em Brasília têm refletido na bolsa.

A avaliação de profissionais no mercado é de que a volatilidade deve persistir, com a divulgação de uma bateria de novas pesquisas prevista para os próximos e a indefinição em relação ao pleito do dia 26.

As ações da Petrobras até experimentaram um alívio mais cedo nesta sessão, mas não sustentaram-se no azul na segunda etapa, um dia após a Moody's cortar os ratings da dívida da empresa, com perspectiva negativa.

Balanços movimentam bolsa

Também mereceram atenção nesta quarta-feira os primeiros balanços trimestrais de empresas listadas no Ibovespa, como o da Fibria, que apresentou pela manhã um resultado melhor do que o esperado por analistas entre julho e setembro e valorizou-se 0,85%.

A tabagista Souza Cruz subiu 2,37%, após a empresa divulgar na noite da véspera queda de cerca de 9% no lucro no terceiro trimestre. Analistas consideraram os números fracos, mas alguns destacaram que o valor do papel começa a ficar atrativo e que pode ser um papel defensivo.

Após o fechamento, Cia Hering divulgou lucro líquido de US$ 70,89 milhões no 3º trimestre e geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 74,7 milhões. Pesquisa da Reuters com analistas apontava lucro líquido de US$ 69,8 milhões e Ebitda de US$ 78,2 milhões.

Já a Eletropaulo esteve entre as maiores altas, após o Credit Suisse elevar a recomendação do papel de "underperform" para "neutra", com os analistas do banco vendo possibilidades favoráveis razoáveis no caso de mudanças em variáveis como WACC regulatório (custo de capital que reflete o retorno sobre o investimento das companhias), gastos operacionais e juro de longo prazo.

Ainda é aguardado o balanço de Natura. Prévia da Reuters com analistas aponta lucro líquido de US$ 221,5 milhões para a empresa de cosméticos.

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