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Haddad diz acreditar que caixa da Petrobras é suficiente para investimentos este ano

15 abr 2024 - 15h09
(atualizado às 15h48)
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira acreditar que o valor total em caixa da Petrobras é mais do que suficiente para honrar o plano de investimentos da empresa em 2024.

Em entrevista à GloboNews, Haddad disse que, atualmente, o governo está melhor informado a respeito do tema após receber novos dados, que podem ser levados em conta na decisão sobre a distribuição de dividendos.

"Deu tempo para receber as informações, e talvez a decisão que seja tomada agora leve em consideração os avanços dessa informação", afirmou.

"Do meu ponto de vista, isso baseado no que o Tesouro está me informando, o caixa da Petrobras é mais do que suficiente para honrar os compromissos de investimento da empresa este ano."

O conselho da Petrobras se reúne no dia 25 de abril e pode discutir a distribuição de dividendos extras a acionistas.

Em março, após orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras decidiu reter em reserva dividendos extraordinários, o que levantou questionamentos sobre uma possível interferência do governo na companhia. O argumento era que o mandatário defendia ampliação de investimentos da estatal.

A discussão envolve o repasse de 43,9 bilhões de reais de lucro remanescente, que foram enviados a uma reserva de remuneração de capital recém-criada pela companhia. Os recursos poderiam ter sido destinados para dividendos extraordinários, remunerando os acionistas.

Após a decisão da Petrobras, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, disse à Reuters em março que uma proposta de distribuição de 50% dos dividendos extraordinários possíveis de 2023 ainda estava na mesa e poderia ser aprovada na assembleia de acionistas de abril.

Sem mencionar diretamente a Petrobras, que foi foco de atritos no governo nas últimas semanas, incluindo especulações sobre a permanência de Prates no comando da estatal, Haddad disse que "coisas que acontecem no bastidor atrapalham" e "geram ruídos desnecessários".

Para ele, a permanência do chefe da estatal no cargo é uma decisão que cabe ao presidente da República.

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