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Governo estuda reajuste a servidores acima de 19% até 2026, diz ministra

O indicativo de aumento dos salários ocorre em meio a ameaças de paralisações e greves do funcionalismo

11 abr 2024 - 12h16
(atualizado às 12h21)
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Ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck.
Ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, disse nesta quinta-feira, 11, que o governo está estudando um reajuste salarial dos servidores acima de 19% até 2026. O indicativo de aumento dos salários ocorre em meio a ameaças de paralisações e greves do funcionalismo público.

“Nesse momento, estamos discutindo no governo um espaço orçamentário não só para educação, mas para os demais servidores, para que a gente possa ter um valor acima desse (19% até 2026)”, disse Dweck, no programa Bom dia, ministra, da EBC.

A proposta inicial do governo, para o funcionalismo federal, começou com um reajuste de 9% dado em 2023. Em 2024, não será possível fazer nenhum reajuste, pois o “orçamento está fechado”, segundo disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A ideia é fazer dois reajustes em 2025 e 2026. A somatória, até o fim do mandato de Lula, é de cerca de 19%. 

Para tentar amenizar o fato de não reajustar os salários dos servidores este ano, na quarta-feira, 10, o governo fez uma proposta de reajuste dos benefícios assistenciais dos servidores públicos. A medida foi discutida na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), principal fórum de discussão entre governo e o funcionalismo público.

A proposta contempla reajuste em auxílios como alimentação, saúde e creche. Pelo que foi apresentado, o auxílio-alimentação passaria de R$ 658,00 para R$ 1.000,00. O governo também promete um reajuste no auxílio saúde (de R$ 144,38 para cerca de R$ 215) e assistência pré-escolar de R$ 321,00 para R$ 484,90.

O texto que o governo colocou na mesa garante o reajuste desses benefícios já a partir de maio. No entanto, a proposta estabelece que “durante o processo de negociação, a interrupção total parcial dos serviços públicos, implicará a suspensão das negociações em curso por uma categoria”. 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer o compromisso de que os serviços públicos não sejam interrompidos. As entidades sindicais pediram a retirada desta cláusula do acordo, porém, o governo não cedeu. Também foi informado que não haverá a aplicação de reajuste linear.

A reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente foi encerrada sem um acordo. Os representantes dos servidores devem dar uma resposta ao Ministério da Gestão até a próxima segunda-feira, 15.

Fonte: Redação Terra
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