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Fortuna do 1% mais rico aumentou em R$ 237 trilhões em 10 anos, diz estudo

Levantamento deve repercutir na reunião do G20, que entre outros temas discute um imposto global sobre os super-ricos

25 jul 2024 - 10h09
(atualizado às 11h40)
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Bernard Arnault (fundador do conglomerado de luxo LVMH), sua esposa Helene Arnault e a filha Delphine Arnault.
Bernard Arnault (fundador do conglomerado de luxo LVMH), sua esposa Helene Arnault e a filha Delphine Arnault.
Foto: Getty Images

O grupo dos 1% mais rico da população mundial aumentou a sua fortuna em 42 trilhões de dólares (R$ 237 trilhões, na cotação atual) em dez anos, de acordo com dados da organização britânica de combate à pobreza Oxfam. 

O estudo, divulgado nesta quinta-feira, 25, deve repercutir na reunião do G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana), que acontece este ano no Rio de Janeiro. 

O encontro tem como destaque a proposta brasileira de taxação dos super-ricos e medidas para reduzir os efeitos das mudanças climáticas. A reunião ocorre até sexta-feira, 26. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na quarta-feira que fazer super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos é importante para combater a fome, acrescentando ser imperativo aumentar os recursos internacionais a fim de enfrentar tal problema.

Discursando em reunião para estabelecimento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro, Haddad ainda afirmou que a comunidade internacional tem todas as condições de garantir sobrevivência digna às pessoas, sendo que o que falta, segundo ele, é vontade política.

"Ao redor do mundo, os super-ricos usam uma série de artifícios para evadir os sistemas tributários. Isso faz com que, no topo da pirâmide, os sistemas sejam regressivos, e não progressivos", disse Haddad.

Fome

Dados do relatório Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo, elaborado por agências da Organização das Nações Unidas (ONU) aponta que mais de 700 milhões de pessoas passam fome no mundo. Parte desse montante – 39,7 milhões de pessoas, precisamente – está no Brasil. 

Fonte: Redação Terra
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