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Fast Shop fecha 11 lojas e um centro de distribuição em reestruturação

Empresa esteve envolvida em escândalo de pagamento de propinas a fiscais da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo

7 out 2025 - 22h26
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A Fast Shop vai fechar 11 lojas e um centro de distribuição como parte de uma reestruturação. A empresa, especializada no comércio de eletrodomésticos e eletrônicos, foi uma das investigadas em esquema de propinas a fiscais da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo em troca do favorecimento na liberação de restituições de ICMS-ST.

A Fast Shop tem hoje 80 lojas espalhadas pelo Brasil, com três marcas: a própria, M1 e A2You — esta última, especializada em produtos da Apple. Os fechamentos ocorrerão em fases, com quatro lojas parando as atividades no dia 8 de outubro: as unidades dos shoppings Aricanduva, Boulevard Tatuapé e Interlagos, na cidade de São Paulo, e a loja A2You no shopping Barigui, em Curitiba (PR).

No dia 12, serão fechadas as unidades Fast Shop no Iguatemi Salvador (BA), a Fast Shop do Rio Mar Fortaleza (CE), o centro de distribuição localizado na capital cearense e três lojas em shoppings de SP: a M1 Itaquera, a M1 SP Market e a Fast Shop SP Market. Por fim, em 31 de outubro, serão fechadas a Fast Shop do Barra Salvador e a M1 Litoral Plaza, em Praia Grande (SP).

Fast Shop foi uma das empresas envolvidas no esquema de pagamento de propinas a fiscais da Receita do Estado de São Paulo
Fast Shop foi uma das empresas envolvidas no esquema de pagamento de propinas a fiscais da Receita do Estado de São Paulo
Foto: Alex Silva/Estadão / Estadão

Em nota oficial enviada ao Estadão, a Fast Shop afirmou que a decisão faz parte de um processo de reestruturação que já vinha sendo planejado pela companhia, implementado de acordo com a estratégia de longo prazo. Também ressaltou que as demais lojas do grupo continuam com suas atividades normais (veja a íntegra da nota da empresa ao fim do texto).

Executivos da Fast Shop fecharam acordo com o Ministério Público de São Paulo em setembro para encerrar as investigações relativas ao envolvimento deles em esquema bilionário de corrupção que envolvia fiscais da Secretaria da Fazenda do Estado.

Mário Otávio Gomes, diretor estatutário da empresa, que chegou a ser preso no inquérito da Operação Icaro, deflagrada em 12 de agosto, e os sócios Milton Kazuyuki Kakumoto e Júlio Atsushi Kakumoto se comprometeram a pagar multas que somam R$ 100 milhões. O pagamento será feito em 15 parcelas.

Os executivos assinaram acordos de não persecução penal (ANPP) - instrumento jurídico em que o réu confessa o crime e se compromete a cumprir uma série de cláusulas para não responder ao processo criminal. Esse benefício só é possível para crimes de menor potencial ofensivo, cometidos sem violência, e com pena máxima prevista de quatro anos.

Os acordos preveem também a criação de um programa de compliance e a implementação de "prática anticorrupção" na sede da Fast Shop e em todas suas lojas e centros de distribuição.

Leia a nota da Fast Shop

A Fast Shop confirma o encerramento das atividades de 11 lojas e de um centro de distribuição. A decisão faz parte de um processo de reestruturação que já vinha sendo planejado pela companhia, implementado neste momento de acordo com sua estratégia de longo prazo.

A liderança da Fast Shop está sempre em busca de melhorias contínuas de forma a ampliar a eficiência operacional da companhia. Neste sentido, a empresa reavalia constantemente a sua estrutura e operação - inclusive de lojas físicas, com a priorização de pontos de venda que estejam alinhados à sua estratégia.

Essa postura diligente é o que tem garantido a sustentabilidade e o desenvolvimento da Fast Shop ao longo de seus quase 40 anos de história na sua missão de encantar os clientes que compram pelas suas lojas físicas e e-commerce.

Todas as demais lojas do grupo continuam com as atividades normais.

Estadão
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