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Entrada da Norwegian é 'passo na modernização da aviação brasileira', diz secretário

Terceira maior companhia área de baixo custo da Europa, empresa pretende operar no País com serviços de transporte aéreo internacional regular de passageiro, de carga e de mala postal

8 ago 2018 - 13h56
(atualizado às 17h47)
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BRASÍLIA E GENEBRA - A autorização dada nesta quarta-feira, 8, para que a empresa aérea Norwegian opere voos no Brasil é "um grande estímulo para o turismo e mais um passo na agenda de modernização da aviação civil brasileira", disse ao Estado o secretário de Aviação Civil, Dario Lopes.

O aumento da competição, com o objetivo de baixar preços, é uma das linhas da política governamental para o setor. Segundo fontes da área técnica, a companhia consultou todos os operadores de aeroportos do Brasil.

O mais provável é que as operações comecem na rota Rio-Londres. E, na temporada, a expectativa é que haja voos para o Nordeste. Com tarifas mais baixas, a avaliação é que o turismo crescerá nas duas pontas: mais ingleses aqui, mais brasileiros indo para a Inglaterra.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou o funcionamento no Brasil da Norwegian Air UK Limited, empresa de aviação europeia que opera no mercado de baixo custo. A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 8.

A companhia pretende operar no País com serviços de transporte aéreo internacional regular de passageiro, de carga e de mala postal.

Terceira maior empresa de baixo custo

A Norwegian é a terceira maior companhia aérea de baixo custo da Europa, as chamadas low cost, atrás de Ryanair e Easyjet, e tem base em Gatwick, segundo maior aeroporto de Londres.

Uma viagem de ida e volta entre Buenos Aires e Londres pela Norwegian pode sair por cerca de R$ 3 mil, enquanto, por outras áreas, as tarifas mais baratas ficam em torno de R$ 5 mil.

A empresa já opera na América do Norte, América Central, África e Ásia. Recentemente, abriu subsidiária na Argentina.

Passagens no Brasil são caras, diz empresa

A Norwegian afirma que preços mais baixos para ligar o Brasil aos aeroportos europeus permitirão um número maior de turistas. "Estamos satisfeitos que a permissão nos foi dada para voar entre o Brasil e o Reino Unido, por parte das autoridades brasileiras", indicou a empresa em um comunicado. "O Brasil tem um grande potencial e acreditamos que os novos voos com preços baixos vão permitir que um número maior de pessoas possa voar, consequentemente incentivando o turismo e as economias locais".

A empresa ainda deixou claro que considera a ligação aérea do Brasil com o Reino Unido cara e limitada. "As atuais conexões entre o Reino Unido e o Brasil são caracterizadas por preços altos e competição limitada", afirmou.

De acordo com dados da empresa, sua capacidade no mercado mundial aumentou em quase 50% em comparação às taxas registradas em meados de 2017. Hoje, ela conta com mais de 60 rotas intercontinentais.

A empresa foi a primeira a introduzir voos low cost entre os EUA e o Reino Unido, em 2014. Desde então, conta com onze rotas fora da Europa, entre elas as cidades americanas, Buenos Aires e Cingapura.

Eleita pela sexta vez consecutiva como melhor empresa low cost da Europa, ela afirma ter a frota mais jovem do mundo, com uma média de idade de seus aviões de apenas 3,7 anos. Dentro da Europa, é a única que oferece internet grátis.

Nos últimos meses, a companhia tem sido cortejada por investidores e empresas, entre elas a Lufthansa. O motivo: sua rápida expansão e sua decisão de realizar voos transatlânticos.

Em seu site, a empresa oferece voo entre Londres e Chicago, apenas ida, por 183 euros, contra 188 para Nova Iorque ou menos de 200 euros para São Francisco, sempre a partir de Londres. A rota entre Cingapura e Londres tem preços de 230 euros, ida.

Falando à imprensa em julho, o CEO da companhia, Bjorn Kjos, admitiu que a fase de expansão de rotas havia terminado e que o foco passaria a ser a de reduzir custos. Mas os recordes continuam sendo registrados. Em julho, ela transportou 3,8 milhões de passageiros em apenas um mês. O aumento foi de 13% em comparação a julho de 2017. 93% de seus aviões estavam lotados.

Estadão
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