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Em novo protesto, motoboys vão fechar entradas de shoppings

Trata-se do terceiro movimento da categoria; reivindicações incluem tabela mínima e reajuste de porcentual para o entregadores

24 jul 2020 - 19h38
(atualizado às 20h40)
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Entregadores de aplicativos fazem greve por melhores condições de trabalho, no Rio de Janeiro
01/07/2020
REUTERS/Ricardo Moraes
Entregadores de aplicativos fazem greve por melhores condições de trabalho, no Rio de Janeiro 01/07/2020 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Os entregadores de aplicativos realizam neste sábado, 25, a partir das 9h, a terceira mobilização da categoria em menos de um mês. Com alcance nacional, os motoboys vão se concentrar nas entradas dos shoppings centers, onde esperam interromper as entregas que saem dos restaurantes instalados nas praças de alimentação.

Com isso, os motoboys esperam conseguir aumentar o impacto da manifestação na operação dos aplicativos, sem atrapalhar o trânsito das cidades. A paralisação é organizada pelos líderes do "Breque dos Apps", o mesmo que em 1º de julho reuniu milhares de trabalhadores de várias partes do País.

Os entregadores protestam contra as condições de trabalho oferecidas por aplicativos como Uber Eats, iFood, Rappi e Loggi. Eles reivindicam uma tabela mínima de cobrança pelo serviço e um reajuste do porcentual repassado aos motoboys pelas entregas.

Na capital paulista, os motoboys vão começar a se reunir em frente aos centros de compras por volta das 9h. Às 15, eles devem seguir até a Praça Charles Muller, em frente ao Estádio do Pacaembu. O objetivo é voltar aos shoppings por volta das 17h.

Na sexta-feira, 24, presidentes de seis centrais sindicais divulgaram nota conjunta em apoio à manifestação dos motoboys.

Empresas

Desde que os motoboys deflagraram o movimento,no dia 1º de julho, Uber Eats, Rappi e Loggi têm falado pouco, a maior parte das vezes por nota. Loggi e Rappi priorizam a comunicação via Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O), que reúne os aplicativos, exceto Uber.

O iFood, por sua vez, critica a da ausência de uma legislação específica para o trabalho dos entregadores e também a postura de aplicativos concorrentes.

"O iFood, como pioneiro na indústria, vem subindo essa régua (de relacionamento com os entregadores) constantemente. Mas as demais empresas não estão ainda no patamar dos benefícios e proteções que nós damos hoje para os entregadores", diz Diego Barreto, diretor financeiro e de estratégia do iFood.

Procurados, Uber Eats, Rappi e Loggi não quiseram comentar as declarações do concorrente.

Estadão
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