Economistas reduzem projeção para déficit primário em 2025 e 2026, mostra Prisma
Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda reduziram suas projeções para o déficit primário do governo central em 2025 e 2026, mostrou o relatório Prisma divulgado nesta sexta-feira, com os cálculos para a dívida bruta sofrendo apenas variação marginal.
A mediana das expectativas para o déficit primário em 2025 passou a R$68,211 bilhões em dezembro, de R$70,650 bilhões no mês anterior. Para 2026, a projeção para o déficit primário foi a R$72,100 bilhões, de R$75,447 bilhões em novembro.
O governo tem como meta alcançar déficit zero em 2025 e um superávit de 0,25% do PIB no próximo ano, mas há despesas que não são consideradas para efeitos da meta, que conta ainda com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB.
Autoridades da equipe econômica têm afirmado que o governo alcançará a meta fiscal deste ano, após as deduções autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas ainda aguardam a aprovação de medidas fiscais pelo Congresso Nacional, como o projeto que corta benefícios tributários, para fechar as contas de 2026.
O Prisma mostrou uma redução da projeção para a dívida bruta como proporção do PIB este ano a 79,49%, de 79,54% estimada em novembro. Para 2026, a estimativa foi mantida em 83,70%.
Do lado da arrecadação, a expectativa mediana da receita líquida do governo central subiu para este ano e o próximo. A projeção indica a entrada de R$2,337 trilhões em 2025, contra R$2,328 trilhões estimados em novembro. Em 2026, o dado é visto em R$2,513 trilhões, contra R$2,506 trilhões projetados há um mês.
Na frente dos gastos, houve leve aumento na previsão para as despesas do governo central neste ano, a R$2,398 trilhões, de R$2,397 trilhões anteriormente. Para 2026, a previsão caiu a R$2,585 trilhões, de R$2,589 trilhões no mês passado.