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Dólar recua e ronda o patamar de R$3,25, com volta do BC ao mercado

10 jul 2017 - 12h08
(atualizado às 12h57)
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O dólar recuava nesta segunda-feira e voltava a rondar o patamar de 3,25 reais, após o Banco Central voltar a atuar no mercado de câmbio e em meio à cautela com a cena política doméstica, mas com os investidores ainda apostando na continuidade da atual política econômica com foco nas reformas.

Homem conta notas de dólar em casa de câmbio no Cairo, Egito
7/3/2017  REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
Homem conta notas de dólar em casa de câmbio no Cairo, Egito 7/3/2017 REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
Foto: Reuters

O mercado externo também ajudava no movimento, com o dólar recuando ante divisas de alguns países emergentes.

Às 12:05, o dólar recuava 0,51 por cento, a 3,2627 reais na venda, depois de bater 3,2587 reais na mínima do dia. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,70 por cento.

O BC anunciou para esta sessão o início da rolagem do vencimento de agosto de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares. Neste primeiro leilão, vendeu a oferta integral de até 8,3 mil contratos, rolando 415 milhões de dólares do total de 6,181 bilhões de dólares do vencimento do mês que vem.

Se mantiver esse volume até o final do mês, o BC deverá rolar o vencimento integralmente, a exemplo do que fez nos três últimos meses.

"Ao não retirar liquidez do mercado, o BC auxilia na manutenção das taxas pouco abaixo de 3,30 reais", afirmou a corretora Fair em comentário.

Os investidores também trabalhavam atentos ao cenário político doméstico. O foco nesta sessão era a leitura do parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Sergio Zveiter (PMDB-RJ), sobre a denúncia contra o presidente Michel Temer por crime de corrupção passiva.

"Embora não tenha o poder de derrubar a mesma, a CCJ tem o poder de impor um viés acerca das expectativas do governo e do mercado para a votação da denúncia", destacou a corretora H.Commcor em relatório.

O Palácio do Planalto acredita que o parecer do relator será favorável à denúncia e, por isso, intensificou as negociações para garantir vitória já na CCJ. Por outro lado, notícias também têm indicado que cresce a articulação política para que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assuma o comando do país no lugar de Temer.

De forma geral, o mercado financeiro já precificou o cenário de que, com ou sem Temer, a atual política econômica continuará e com foco nas reformas, sobretudo a da Previdência, considerada essencial para o controle das contas públicas.

No mercado externo, o dólar caía ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e a lira turca, embora exibisse leve elevação ante uma cesta de moedas.

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