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Dólar passa a ter leve queda ante real após IPCA-15, apesar de cautela no exterior

23 jan 2020 - 10h20
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O dólar devolvia os ganhos do início da sessão e tinha queda moderada contra o real nesta quinta-feira, com os temores sobre o surto de coronavírus mortal na China sendo compensados pela expectativa de fim do ciclo de cortes de juros pelo Banco Central.

14/10/2015
REUTERS/Guadalupe Pardo
14/10/2015 REUTERS/Guadalupe Pardo
Foto: Reuters

Às 10:15, o dólar recuava 0,15%, a 4,1699 reais na venda.

No último pregão, o dólar interbancário fechou em queda de 0,71%, a 4,176 reais na venda, maior baixa desde 30 de dezembro.

Nesta sessão, o dólar futuro de maior liquidez caía 0,27%, a 4,172 reais.

A alta de 0,71% do IPCA-15 em janeiro, de 1,05% em dezembro, levantava apostas sobre o fim do ciclo de corte de juros pelo Banco Central, reduzindo a pressão sobre o real. A percepção de que o salto nos preços do fim do ano passado ficou para trás deve endossar apostas de novo corte da Selic.

Cleber Alessie Machado, operador da Commcor, citou uma leitura "por enquanto, um pouco mista". "O IPCA veio um pouco acima das expectativas, mas alguns grupos tiveram desaceleração, com destaque para a alimentação."

As atenções se voltam agora para a primeira decisão de política monetária do Banco Central, em 4 e 5 de fevereiro. A taxa básica de juros terminou 2019 em 4,5%, mas o BC indicou cautela em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto.

Recentemente, a redução da Selic a mínimas históricas elevou o dólar a patamares recordes contra o real, com o diferencial de juros entre o Brasil e o mundo deixando o mercado doméstico menos atraente para investidores estrangeiros.

O resultado da prévia da inflação oficial aliviava as preocupações com o coronavírus, depois que o governo chinês isolou nesta quinta-feira duas cidades que estão no epicentro do surto semelhante a uma gripe que matou 17 pessoas e infectou quase 600, enquanto autoridades de saúde de todo o mundo trabalham para evitar uma pandemia global.

As autoridades de saúde temem que a taxa de transmissão se acelere, à medida que centenas de milhões de chineses viajam pelo país e ao exterior durante o feriado de uma semana do Ano Novo Lunar.

"Mesmo a despeito da transparência adotada por Pequim para conter a proliferação do coronavírus, os investidores internacionais exibem cautela nessa manhã", afirmou em nota a Correparti Corretora.

Nos mercados globais, a aversão a risco elevava o dólar contra algumas das principais moedas emergentes, como a lira turca, o peso mexicano e o rand sul-africano.

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