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Dólar comercial abre em forte alta e supera R$ 5

Moeda americana sente os efeitos das inseguranças em relação ao avanço do novo coronavírus; EUA suspenderam voos da Europa para o país

12 mar 2020 - 09h19
(atualizado às 09h30)
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Em meio às inseguranças provocadas no mercado por conta do avanço do novo coronavírus, causador do Covid-19, e que, agora, é considerado pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o dólar à vista iniciou as negociações desta quinta-feira, 12, cotado a R$ 5,0280, um aumento de 6,45% em relação ao fechamento da quarta-feira, 11 - R$ 4,7226. A expectativa do mercado é que a Bolsa tenha abertura em queda.

10/09/2015
REUTERS/Ricardo Moraes
10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Os mercados internacionais sentiram os efeitos da declaração de pandemia logo na quarta. A Bolsa de Valores de São Paulo, B3, por exemplo, teve de interromper as negociações pela segunda vez em três dias, com um sistema chamado de "circuit breaker", que fecha o mercado por 30 minutos após uma queda de 10% em relação ao fechamento do dia anterior.

Mais à noite, ainda na quarta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a suspensão de voos provenientes da Europa aos EUA, visando diminuir as possibilidades de contágio. Com isso, as Bolsas na Ásia passaram

a ter perdas relevantes, fechando em queda generalizada na madrugada desta quinta. Os mercados europeus operam, neste momento, em baixa - também generalizada -, e o petróleo recua mais de 5%, nos dois principais índices - WTI e Brent.

O petróleo ainda causa um caos à parte nas Bolsas no mundo inteiro. Desde o início da semana, os preços vêm sofrendo grandes oscilações. Para se ter uma ideia, na segunda-feira, 9, a commodity caiu para o menor valor em quase 30 anos, para patamares que não eram atingidos desde 1991, época da Guerra do Golfo.

Além disso, ainda há o componente local de discordância entre Executivo e Legislativo em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). O Congresso derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que eleva o limite de renda familiar per capita para concessão do benefício de prestação continuada (BPC). No Senado, foram 45 votos pela derrubada do veto a 14 e, na Câmara, 302 a 137. A votação significa uma derrota para o governo, em meio a uma crise entre os dois Poderes na disputa pelo controle do Orçamento. A equipe econômica deve buscar uma saída jurídica para barrar a decisão. O governo estima um impacto de R$ 217 bilhões em uma década com a derrubada do veto, sendo R$ 20 bilhões apenas este ano.

Medida comum nas últimas negociações de dólar no Brasil, o Banco Central realiza leilão no mercado de câmbio de US$ 2,5 bilhões, às 9h15. Já no exterior, o Banco Central Europeu (BCE) divulga decisão de política monetária, às 9h45. 

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