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Dólar cai mais de 1% e fecha abaixo de R$4 com BC e trégua no exterior

15 ago 2019 - 17h30
(atualizado às 18h00)
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O dólar registrou nesta quinta-feira a maior queda diária em um mês, caindo abaixo da marca de 4 reais, com investidores ajustando o preço do câmbio diante da perspectiva de injeção direta de liquidez dentro do novo modelo de atuação do Banco Central.

REUTERS/Ricardo Moraes
REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

A correção de baixa do dólar ante outras divisas emergentes respaldou a trégua nas operações locais.

O dólar à vista fechou em queda de 1,24%, a 3,9903 reais na venda.

É a maior desvalorização diária desde 10 de julho (-1,30%).

Na B3, o dólar futuro de maior liquidez cedia 1,45%, a 3,9990 reais.

A moeda norte-americana já começou o pregão em baixa e chegou a anular a queda em dois momentos, mas na parte da tarde firmou alívio conforme os mercados externos melhoraram o sinal, a despeito da persistente incerteza sobre a economia global por causa do embate tarifário entre China e Estados Unidos.

Segundo analistas, porém, o efeito positivo da perspectiva de melhora de liquidez com venda de reservas deu a tônica no mercado.

Na noite de quarta-feira, o BC informou que fará no fim de agosto operações simultâneas de venda de dólares das reservas e de contratos de swap cambial reverso. Será a primeira vez em dez anos que a autoridade monetária fará venda direta de dólares.

Estrategistas do Citi avaliaram que a venda de dólar no mercado spot vai ajudar a amenizar as taxas de cupom cambial, tornando "ligeiramente mais atrativo" o "carry" com a moeda brasileira.

De fato, as taxas de cupom cambial na B3 <0#FRC:> tiveram firmes quedas nesta sessão, com uma medida de inclinação entre os vencimentos se afastando da máxima recorde alcançada na véspera.

Analistas do Goldman Sachs consideram que o mercado brasileiro tem se tornado mais "defensivo" neste ano e que a expectativa de recuperação da economia no segundo semestre deve permitir um desempenho melhor que a média para os ativos locais, incluindo a taxa de câmbio.

"Olhando à frente, vemos maior probabilidade de que a atividade econômica no Brasil ganhe mais tração do que o restante dos emergentes e preferimos operar real em relação a outros pares", afirmaram analistas do Goldman em nota.

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