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Dólar bate R$ 4,25: "É bom se acostumar", diz Paulo Guedes

Ministro da Economia disse não estar preocupado com a moeda americana acima de R$ 4,20: 'É bom se acostumar com o câmbio mais alto'

26 nov 2019 - 09h44
(atualizado às 14h50)
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O dólar abriu pressionado e já subiu até máxima de R$ 4,2585 (+1,04%) no mercado à vista nesta terça-feira, 25 - nova cotação recorde-, enquanto os juros futuros chegaram a subir mais de 10 pontos-base nos prazos médios e longos. O mercado local reage à fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que não está preocupado com o dólar acima de R$ 4,20 e que "é bom se acostumar com o câmbio mais alto e juro mais baixo por um bom tempo".

Na segunda-feira o dólar fechou em nova máxima histórica, a R$ 4,2145, o maior valor desde o início do Plano Real. O sinal do ministro reforça a percepção do mercado de que o Banco Central pode fazer o último corte de juros em dezembro.

Às 10h20, a moeda americana era cotada a R$ 4,2575, com alta de 1,02%. No mesmo horário, o dólar turismo tinha cotação de até R$ 4,4592 em São Paulo.

Ministro da Economia, Paulo Guedes
10/10/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Ministro da Economia, Paulo Guedes 10/10/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters
 

Logo na abertura do pregão, o Ibovespa perdeu a marca dos 108 mil pontos, renovando mínimas. Apenas cinco ações da carteira subiam, mas as altas eram modestas, entre 0,05% e 0,50%. Dentre as quedas, destaque para Gol PN, com recuo de 1,85%. Às 10h14, o Ibovespa cedia 0,86%, em nova mínima, aos 107.495 pontos.

A avaliação é que o investidor deve ficar atento ao impacto do dólar na inflação. Na semana passada,o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou que se o patamar da moeda americana pressionar os preços, o BC poderá atuar via política monetária (ou seja, na taxa de juros), e não via câmbio.

A valorização do dólar em relação ao real é limitada de certa forma pelo desempenho quase lateral da moeda americana ante suas rivais no exterior, além dos sinais mistos próximos da estabilidade em relação a divisas emergentes ligadas a commodities, em meio a expectativas otimistas sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

Na renda fixa, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava em 4,720%, de 4,649% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 estava em 6,04%, de 5,94%, enquanto o vencimento para janeiro de 2027 marcava 6,97%, de 6,85% no ajuste anterior.

Estadão
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