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SMS Pirata: estão usando sua empresa para dar golpes

Ao contrário do que se imagina, a preocupação com a segurança deve começar dentro da empresa

27 set 2022 - 06h00
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Foto: Freepik

Todo mundo que tem um celular está de alguma forma vulnerável ao smishing, golpe que rouba seus dados bancários e senhas através do SMS. Esse é um enorme risco tanto para o consumidor quanto para as empresas, que têm seus nomes falsamente atrelados ao golpe.

Segundo a empresa de segurança PSafe, só no primeiro semestre de 2021 foram mais de 2,3 milhões de golpes financeiros detectados no Brasil, o que representa uma tentativa a cada seis segundos, tendo como principal meio o SMS. 

O cuidado precisa vir dos dois lados, tanto de quem recebeu a mensagem quanto das marcas, e criar uma relação de confiança é fundamental neste processo, alerta Liz Zorzo, gerente global de antifraude da Sinch. 

A preocupação com a segurança deve começar dentro das empresas, com a criação de meios de comunicação confiáveis. O primeiro passo é contratar uma prestadora de serviços homologada, com um compliance efetivo e certificações ISO, que tenha conexão direta com operadoras e que leve muito a sério a redundância de sistema e plataformas.

“Essas companhias estão usando canais não oficiais, não homologados, canais que não são controlados, que possibilitam o envio de conteúdo com temas que podem ser sensíveis ou polêmicos, mensagens que não foram solicitadas pelo cliente e publicidade que não é de interesse da pessoa”, explica Michele Bader, VP de Operações na Sinch Latam. “Nesses casos, realmente não existe um cuidado com os conteúdos que estão sendo enviados.”

Os cuidados que toda empresa deve ter

Existem alguns fatores que são primordiais para evitar que seu consumidor caia em uma armadilha que usa o nome da sua empresa. A utilização de um sistema e uma equipe operacional de confiança, com a identificação correta das mensagens e o estabelecimento de canais oficiais de comunicação, são alguns desses fatores.

“É  importante que as marcas que fazem uso do serviço de mensageria, independentemente do setor de atuação, tenham sistemas seguros, homologados junto às operadoras de telecomunicações, com uma área de antifraude de segurança e time multidisciplinar para cuidar da qualidade do conteúdo enviado”, diz Liz Zorzo.

Foto: Reprodução

Na outra ponta do problema, o usuário também precisa ficar atento para não cair em golpes desse tipo.

“Se você recebeu algo suspeito, como ofertas de empregos milagrosas, mensagens de banco, boletos e/ou dívidas que não fazem sentido, ou até mensagens com erros de digitação, não clique em nada, apenas reporte”, aconselha Liz.

Dicas para identificar um SMS pirata de criminosos

  • • Se o remetente for um número regular de celular com mais de 8 dígitos, as chances de ser fraude são enormes. Isso ocorre porque ele não é vinculado a um serviço oficial oferecido pelas operadoras de telefonia móvel;
  • • Mensagens que chegam de um código numérico curto (de 3 a 6 caracteres ou pelo nome da empresa) são mais confiáveis.

 O que fazer quando receber uma mensagem suspeita? O ideal é nunca ligar para o número desses remetentes, bem como não fazer transferências bancárias ou Pix com base exclusivamente nessas mensagens. 

“Sempre se pergunte ‘eu sou cliente deste banco?’, ‘eu utilizo o serviço desta empresa?’. Se a resposta for não: reporte e, em caso de dúvida, cheque a informação em outro canal ou diretamente com a empresa que, supostamente, te contatou”, finaliza Michele Bader.

Redação Dinheiro em Dia
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