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Semana de 4 dias de trabalho é adotada por pequenas empresas

Estudo no Reino Unido mostra bons resultados com jornada reduzida; no Brasil, pequenas empresas adotam a redução

7 mar 2023 - 01h00
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Marta Celestino, da Ebony
Marta Celestino, da Ebony
Foto: Divulgação

Empresas do Reino Unido adotaram a semana de trabalho reduzida e estão colhendo bons resultados. O projeto piloto liderado pela ONG 4 Day Week Global em 70 empresas do Reino Unido, juntamente com a Cambridge University, Boston College e entidades locais, foi iniciado em 2022. 

Depois de seis meses, 92% das empresas decidiram manter a carga reduzida. No Brasil, pequenas empresas também adotam a medida, veja os exemplos.

Pequenas empresas adotam jornada reduzida

A empresa de idiomas Ebony English decidiu reduzir a jornada ao perceber que a sexta-feira já não era um dia tão produtivo, explica a CEO, Marta Celestino. A Ebony resolveu então abolir o trabalho no dia da semana. 

“Entendemos que a sexta pode ser um dia na semana para que as pessoas possam também fazer as suas coisas pessoais que exijam que saiam de casa, sendo sábado e domingo para descanso ao invés de dias para resolução de problemas”, comentou Celestino.

Criada em 2016, a empresa tem 12 funcionários e ainda está em transição para a carga horária reduzida, o que deve ser concluído até o final do semestre, mas tem tido boa recepção da mudança.

“A experiência é positiva, dá mais leveza à semana, as pessoas conseguem se organizar melhor em termos de gestão de tempo e equilíbrio da vida privada e trabalho”, afirmou Marta Celestino.

A empresa de comunicação e estratégia de conteúdo Experta pratica a jornada flexível com carga horária reduzida de 30 horas semanais desde a sua fundação, em janeiro de 2020. 

Fundada por mulheres e 100% home office, hoje a empresa conta com 20 funcionários em vários estados, sendo homens apenas três deles. Diferente de outras companhias que cortam a sexta-feira, por exemplo, na Experta o colaborador pode escolher qual dia ter de folga: “Cada colaborador possui sua peculiaridade e faz sua jornada: eu, por exemplo, não trabalho às sextas-feiras, pois é um dia que não tenho com quem deixar a minha filha”, contou a funcionária Nathani Paiva.

Redução torna empresas mais atrativas, avalia especialista

A redução da jornada chega em um momento de necessária transformação no modelo de trabalho, o que é demonstrado pela difusão de termos como Great Resignation (pedidos de demissão em massa nos Estados Unidos) e quiet quitting (demissão silenciosa), avalia a especialista em cultura organizacional Karen Yoshida, professora de Gestão de Negócios da Trevisan Escola de Negócios.

“A proposição de redução da jornada de trabalho para quatro dias na semana baseia-se na busca de uma qualidade e equilíbrio de vida. Certamente a empresa torna-se mais atrativa, assim há possibilidade de diminuir custos de recrutamento”, afirmou Yoshida.

Redação Dinheiro em Dia
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