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Desemprego é de 11,7% no trimestre até outubro, diz IBGE

Renda média real do trabalhador foi a R$ 2.230, alta de 0,4% em relação ao mesmo período de 2017

29 nov 2018 - 09h26
(atualizado às 11h42)
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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,7% no trimestre encerrado em outubro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa registrou uma diminuição de 389 mil na quantidade de pessoas sem emprego no período de um ano, mas que a desocupação ainda atinge 12,351 milhões de brasileiros.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,7% no trimestre encerrado em outubro.
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,7% no trimestre encerrado em outubro.
Foto: Divulgação / Estadão Conteúdo

No cálculo de pessoas subutilizadas, que contém a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial - pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar - a Pnad mostrou que faltou trabalho para 27,250 milhões de pessoas no País no trimestre encerrado em outubro deste ano.

De acordo com o levantamento, o País ganhou 1,240 milhão de novos postos de trabalho em apenas um trimestre, enquanto 517 mil pessoas deixaram o contingente de desempregados. No mesmo período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,20%. No trimestre encerrado em setembro, a taxa era de 11,90%.

A pesquisa ainda registrou que o saldo de trabalhadores com carteira assinada diminuiu em 58 mil no período. O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado aumentou em 534 mil pessoas, para o patamar recorde de 11,628 milhões de pessoas nessa condição. Outros 497 mil indivíduos aderiram ao trabalho por conta própria no trimestre, para um recorde de 23,610 milhões nessa situação.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.230 no trimestre terminado em outubro. O resultado representa alta de 0,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já a massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 201,964 bilhões no trimestre encerrado em outubro, alta de 1,9% ante igual período do ano anterior.

A criação de vagas no trimestre encerrado em outubro em comparação ao trimestre terminado em julho superou o total de pessoas que deixaram de procurar emprego no período, puxando a taxa de desemprego para baixo, mesmo sem a ajuda do aumento da população inativa. A taxa de desemprego passou de 12,3% no trimestre terminado em julho para 11,7% no trimestre encerrado em outubro. No mesmo período, 383 mil pessoas deixaram a inatividade, ou seja, optaram por voltar à força de trabalho. A população inativa totalizou 65,108 milhões de pessoas no trimestre encerrado em outubro.

O resultado da Pnad veio igual à mediana das estimativas (11,7%), calculada a partir das expectativas dos analistas ouvidos pelo "Projeções Broadcast", que estimavam uma taxa de desemprego entre 11,60% e 12,00%.

4,733 milhões de desalentados

O Brasil tinha 4,733 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em outubro de 2018, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado significa 85 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em julho. Em um ano, porém, 455 mil pessoas a mais caíram no desalento.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

O porcentual de pessoas desalentadas na força de trabalho potencial foi de 4,2% no trimestre encerrado em outubro, ante 4,3% no trimestre terminado em julho. No trimestre até outubro de 2017 o porcentual de desalentados era menor, de 3,8%.

Veja também:

PIB e emprego:
Estadão
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