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Desemprego cai mais do que o esperado no Brasil em novembro e bate novo recorde, a 5,2%

30 dez 2025 - 09h06
(atualizado às 10h43)
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A taxa de desemprego no Brasil caiu a 5,2% nos três meses até novembro, menor nível da taxa histórica iniciada em 2012, com novos recordes na renda e no número de pessoas ocupadas, ‌informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Economistas esperavam que a taxa ficaria em 5,4%, segundo ‌a mediana das previsões em pesquisa da Reuters.

Em um sinal da resiliência do mercado de trabalho mesmo em meio aos juros elevados, o desemprego recuou 0,4 ponto percentual frente ao trimestre móvel anterior (junho a agosto de 2025) e caiu 0,9 ponto sobre o mesmo período de 2024. Nos três meses até outubro, a taxa ficou ‍em 5,4%.

O número de pessoas ocupadas -- 103 milhões -- foi recorde, enquanto a população em busca de emprego -- 5,644 milhões -- foi a menor da série.

A queda do desemprego nos três meses até novembro foi acompanhada de um aumento de 1,8% do rendimento real sobre o trimestre móvel anterior, chegando ao ‌valor recorde de R$3.574.

"O mercado de trabalho está conseguindo ganhos cumulativos mesmo com ‌os juros altos", afirmou Adriana Beringuy, coordenadora do IBGE. "A retenção dos trabalhadores, o aumento da renda e da massa e a própria inflação mais controlada, especialmente para alimentos, viraram uma espécie de escudo do mercado de trabalho para os juros altos", acrescentou, prevendo que a taxa de dezembro poderá ficar abaixo de 5%.

A taxa de informalidade no emprego recuou para 37,7% da população ocupada em novembro, o que corresponde a 38,8 milhões de trabalhadores, de 38% observado no trimestre até agosto.

O Banco Central tem mantido a taxa básica de juros Selic em 15% ao ano, maior nível em duas décadas, na tentativa de levar a inflação à meta contínua de 3%, sem indicar quando poderá iniciar um ciclo de cortes nos juros. A expectativa de economistas consultados pelo BC no relatório Focus é que uma primeira redução -- de 0,5 ponto -- ocorra em março, com a Selic chegando ao final de 2026 em 12,25%.

O BC tem destacado a resiliência do emprego e, na última reunião de política monetária, em dezembro, os diretores discutiram os aspectos conjunturais e estruturais do aquecimento do mercado de trabalho, concluindo que ele está em patamar "bastante apertado", com sinais ‌incipientes de desaquecimento, segundo mostrou a ata do encontro.

"O conjunto das informações aponta para um mercado de trabalho bastante aquecido", afirmou a economista do C6 Bank Claudia Moreno em nota nesta terça-feira, projetando que o mercado de trabalho seguirá forte até o fim do próximo ano, com o desemprego permanecendo abaixo de 6%.

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