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Desemprego cai a 12,2% no tri até outubro, diz IBGE

30 nov 2017 - 10h08
(atualizado às 10h56)
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A taxa de desemprego do Brasil caiu a 12,2 por cento no trimestre até outubro e atingiu o nível mais baixo desde o final de 2016, porém com o número de desempregados recuando ainda devido à informalidade.

Mulher desempregada observa quadro com oportunidades de emprego em Itaboraí, Rio de Janeiro 31/03/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Mulher desempregada observa quadro com oportunidades de emprego em Itaboraí, Rio de Janeiro 31/03/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Esse é o nível mais baixo desde o quarto trimestre de 2016, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando a taxa ficou em 12,0 por cento.

Essa foi a sétima queda seguida da taxa, depois de ter atingido 12,4 por cento no trimestre até setembro, ficando em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters.

"Em outubro, tivemos queda no desemprego seguida de abertura de vagas. Por isso a taxa sofreu queda significativa", disse o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo.

Os dados apontados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostram que no trimestre até outubro o Brasil tinha 12,740 milhões de desempregados, também o menor contingente desde os três últimos meses de 2016.

No trimestre até setembro, o Brasil tinha 12,961 milhões de pessoas sem emprego, 12,042 milhões no trimestre até outubro do ano anterior.

A população ocupada, por sua vez, chegou a 91,545 milhões de pessoas no período, contra 91,297 milhões registrados no trimestre até setembro e 89,883 milhões no ano anterior.

O cenário de melhora do mercado de trabalho, entretanto, continua baseado no emprego informal, com aumento de 5,9 por cento do emprego no setor privado sem carteira assinada em relação aos três meses até outubro de 2016. Ao mesmo tempo, o emprego com carteira apresentou queda de 2,2 por cento.

Segundo o IBGE, em outubro, das 868 mil vagas geradas, 780 mil postos eram informais. Sobre o trimestre encerrado em outubro de 2016, houve aumento de 1,208 milhão de trabalhadores por contra própria, destacando a informalidade maior.

"Quando o trabalho doméstico sobe pela formalização é positivo. No entanto, na conjuntura atual, as pessoas estão buscando trabalho doméstico, na maioria das vezes sem carteira, por falta de espaço na economia formal", explicou Azeredo.

O IBGE informou ainda que o rendimento médio real do trabalhador foi a 2.127 reais no trimestre até outubro, sobre 2.119 nos três meses até setembro e 2.076 reais no mesmo período do ano anterior.

O Brasil vem engatando processo de recuperação econômica em meio a juros e inflação baixos que ajudam o consumo, e o mercado de trabalho vem reagindo a isso.

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