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Cronologia das tarifas: veja um breve resumo do tarifaço de Trump nos últimos dez dias

Brasil é o país a receber a taxa mais alta entre todas as nações tarifadas até agora

16 jul 2025 - 12h01
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O governo federal, junto a empresários e representantes da indústria e do agronegócio, tenta chegar a uma resposta para a ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros enviados aos EUA a partir do dia 1º de agosto.

O capítulo mais recente do tarifaço de Trump começou na semana passada, com o envio de cartas com novas taxas de até 40% para 14 países, como Japão e Coreia do Sul. O Brasil é o país a receber a tarifa mais alta até agora.

Entenda abaixo a cronologia das taxas impostas pelos EUA.

6 de julho: taxa adicional de 10% ao Brics

O primeiro anúncio feito por Trump, ainda no dia 6 de julho, foi uma taxa adicional de 10% para todos os países alinhados às "políticas antiamericanas" do Brics - grupo do qual o Brasil faz parte -, sem "exceções a esta regra". As declarações foram feitas através da Truth Social.

Naquele dia, ele afirmou que acordos tarifários feitos pelos EUA com diversas nações seriam divulgados ao longo da semana.

Horas antes, os líderes do Brics tinham publicado a Declaração do Rio de Janeiro, durante a cúpula do bloco, que ocorreu no Brasil. Mesmo sem citar nominalmente os EUA, o texto faz referência aos americanos ao condenar ataques realizados contra o Irã e a Rússia, dois membros do grupo.

7 de julho: taxas de até 40% para 14 países

Já no dia 7 de julho, o republicano cumpriu a sua promessa e anunciou, por meio de cartas, acordos tarifários com taxas de até 40% para 14 países.

Japão e Coreia do Sul, dois aliados dos EUA, tiveram a imposição de uma tarifa de 25% sobre quaisquer produtos enviados ao país. Nos comunicados enviados por Trump, ele alegou que esses parceiros comerciais se beneficiam de acesso "desproporcional" ao mercado americano.

Entre as nações que receberam as taxas mais altas na primeira leva de cartas, estão Laos e Mianmar (40%), Camboja e Tailândia (36%) e Bangladesh e Sérvia (35%).

8 de julho: taxa de 50% no cobre

Na terça da semana passada, foi a vez de Trump anunciar uma taxa de 50% sobre o cobre enviado de fora para o território norte-americano, assim como já acontece com as importações de aço e alumínio desde 4 junho. Ele afirmou que a decisão foi tomada com base em uma "avaliação de segurança nacional".

Naquele dia, também foi definido que as novas tarifas passarão a valer a partir do dia 1º de agosto.

9 de julho (em um primeiro momento): mais sete países taxados

No início da última quarta-feira, 9, o republicano enviou cartas a mais sete países que também serão taxados. As novas tarifas são de 30% para Argélia, Líbia, Iraque e Sri Lanka, 25% para Moldávia e Brunei e 20% para Filipinas.

9 de julho (em um segundo momento): tarifa de 50% para o Brasil

Horas depois, ainda na quarta-feira, Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual informou que todos os produtos importados do Brasil para os EUA serão taxados em 50%.

Entre as justificativas do norte-americano, estão o tratamento dado pelo País ao ex-presidente Jair Bolsonaro e as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresas americanas de tecnologia.

10 de julho: Canadá, União Europeia e México

O Canadá foi o 23º país a ser taxado, na quinta-feira, 10, com tarifa de 35%. Trump afirmou que impôs a medida para lidar com a crise do fentanil, causada, em parte, "pelo fracasso do Canadá em impedir a entrada de drogas" nos EUA e que a nação vizinha, em vez de trabalhar com os americanos, retaliou com suas próprias tarifas.

Já o anúncio de tarifas de 30% sobre os produtos do México e da União Europeia que chegam no território americano foi feito no sábado, 12.

Assim como no caso do Canadá, Trump atribuiu as taxas do México à crise do fentanil, porque o país "ainda não conseguiu parar os cartéis que tentam transformar toda a América do Norte em um playground do narcotráfico".

Em relação à União Europeia - bloco econômico composto por 27 países, como Alemanha, Itália e França -, o presidente dos EUA alegou que a ofensiva em taxas busca reduzir o déficit comercial entre americanos e europeus.

15 de julho: Canadá, União Europeia e México

O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos(USTR, na sigla em inglês) iniciou na terça, 15, uma investigação sobre o Brasil, nos termos da Seção 301 da Lei de Comércio de 1974.

Nas justificativas para a abertura da investigação, o governo americano cita alguns pontos que considera prejudiciais à atuação das empresas americanas. Entre eles estão a questão da propriedade intelectual, existência de tarifas preferenciais para outros países, taxas mais altas para o etanol americano, desmatamento ilegal e até mesmo o Pix.

Estadão
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