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CORREÇÃO-Taxas dos DIs caem mais de 10 pontos-base após inflação abaixo do esperado e ata do Copom

11 nov 2025 - 13h22
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As taxas dos DIs registram fortes quedas nesta manhã de terça-feira, superiores a 10 pontos-base, após a inflação de outubro no Brasil ficar abaixo do esperado e a ata do Copom trazer alguns ajustes no discurso do Banco Central, enquanto no exterior o Senado dos EUA aprovou uma proposta para encerrar a paralisação do governo.

Às 10h10, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 12,91%, em baixa de 15 pontos-base ante ajuste de 13,06% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2035 marcava 13,395%, com queda de 11 pontos-base ante o ajuste de 13,506%.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA, o índice oficial de inflação, subiu 0,09% em outubro, abaixo da taxa de 0,48% de setembro e da projeção de 0,16% dos analistas ouvidos pela Reuters. Em 12 meses até outubro a inflação foi de 4,68%, ante expectativa de 4,75%.

A abertura do indicador trouxe dados mistos. Por um lado, a inflação de bens industriais foi de 0,04% em outubro, conforme cálculo do banco Bmg, ante 0,05% em setembro, enquanto alimentação no domicílio registrou alta de 0,16% no mês passado, ante 0,41%.

Por outro lado, a média de núcleos de inflação ficou em 0,26% em outubro, de acordo com o Bmg, ante 0,19% em setembro. Os serviços subjacentes subiram 0,33%, ante 0,03%, e os serviços intensivos em mão de obra registraram taxa de 0,57%, ante 0,34%.

"O IPCA segue confirmando o processo de queda de inflação, mas ainda lenta na parte de serviços", avaliou o economista-chefe do Bmg, Flavio Serrano. "Acho que o BC corta (a Selic) em janeiro, mas não por causa do IPCA de hoje -- acredito que o cenário continuará evoluindo favoravelmente. Mas março também tem elevada probabilidade."

Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada mais cedo, o BC trouxe detalhes sobre sua visão a respeito do atual processo de desinflação. A instituição reconheceu "algum arrefecimento" da inflação de serviços, mas disse que ela "ainda se mostra mais resiliente".

O Copom também já incorporou em suas projeções uma estimativa preliminar do impacto da medida de ampliação da isenção do Imposto de Renda, aprovada recentemente no Congresso. Além disso, citou um movimento "agora mais nítido" de queda das expectativas de inflação em horizontes mais longos.

"Ao já ter incorporado preliminarmente a isenção do IR e lembrado que outros exemplos de medidas fiscais e creditícias não provocaram divergências relevantes em relação ao esperado, fica claro que isso não levará a uma revisão da projeção de atividade e hiato nas próximas reuniões", avaliou o consultor Sérgio Goldenstein, da Eytse Estratégia, em comentário enviado a clientes.

"Esse ponto retira o argumento de alguns analistas que tinham uma visão mais conservadora. Mantenho a avaliação de que a probabilidade de início dos cortes em janeiro é um pouco maior do que em março."

O IPCA cheio abaixo do esperado e a ata do Copom favoreciam a queda das taxas dos DIs nesta manhã, assim como o exterior, onde investidores buscam ativos de risco pelo segundo dia consecutivo.

O otimismo está mais uma vez ligado à expectativa de encerramento da paralisação do governo dos EUA, após o Senado aprovar uma proposta que restaura o financiamento de agências federais e paralisa a campanha do presidente Donald Trump para reduzir a força de trabalho federal, impedindo qualquer demissão até 30 de janeiro.

O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, onde o presidente da Casa, Mike Johnson, disse que gostaria de aprová-la já na quarta-feira. Na sequência o texto irá para a sanção de Trump.

Neste cenário, investidores buscavam ativos de maior risco, como ações na Europa, moedas e títulos de países emergentes, enquanto nos EUA o mercado de Treasuries está fechado por conta de feriado.

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