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Braskem estuda alternativas para lidar com parada de mineração em Alagoas

9 mai 2019 - 13h04
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A Braskem está avaliando alternativas para o fornecimento de suas fábricas em Alagoas diante da paralisação de mineração do insumo sal-gema na região de Maceió, após relatório geológico ter mostrado que a atividade está comprometendo solos de bairros da cidade.

26/02/2019
REUTERS/Edgar Su/File Photo - RC16FC473320
26/02/2019 REUTERS/Edgar Su/File Photo - RC16FC473320
Foto: Reuters

A Braskem extrai sal-gema por meio de vários poços instalados em diferentes áreas de Maceió e segundo relatório do Serviço Geológico do Brasil a atividade de mineração, exercida há décadas na cidade, desestabilizou cavidades e gerou afundamento de solo na capital alagoana.

Na véspera, após a divulgação do relatório, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, afirmou que a cidade está avaliando medidas de reparação de prejuízos e o Ministério Público alagoano pediu ao governo estadual a suspensão de licenças ambientais das operações de mineração da Braskem.

"É um tema complexo e nossa equipe técnica está lendo o relatório...Estamos estudando possíveis alternativas (ao fornecimento de sal-gema). As fábricas precisam de sal. O importante é chegar o sal", afirmou o presidente da Braskem, Fernando Musa, a jornalistas nesta quinta-feira.

Pouco depois do comentário de Musa, a Braskem divulgou fato relevante ao mercado afirmando que iniciou paralisação de extração de sal e de fábricas de cloro-soda e dicloretano em Maceió. Os produtos servem de insumos para fábrica de PVC da empresa, localizada em Marechal Deodoro (AL), e para o pólo petroquímico da companhia em Camaçari, na Bahia.

Segundo Musa, a primeira preocupação da Braskem é com a segurança da operação e dos bairros de Maceió. Ele afirmou que a área de vinílicos da Braskem, em que estão inseridas as atividades de mineração e as fábricas no Estado, representa 3 a 5 por cento do resultado global da companhia. "É relevante, mas não é algo que seria considerado material", disse o executivo.

A Braskem divulgou no final da quarta-feira queda de 2 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre sobre um ano antes, para cerca de 1 bilhão de reais, afetada por piora nos spreads (diferença de preço de matéria-prima e de produto final) petroquímicos no mercado global e baixa atividade econômica no Brasil.

Musa afirmou que, apesar do decepcionante desempenho da economia brasileira nos três primeiros meses do ano, a Braskem mantém expectativa de crescimento de cerca de 4 por cento na demanda por resinas no Brasil este ano.

As ações da Braskem exibiam queda de 4,4 por cento às 12h57, entre as principais quedas do Ibovespa, que tinha recuo de 1,54 por cento.

"O mercado (brasileiro) continua saudável, mas claramente essas expectativas econômicas muito fortes de janeiro e fevereiro ficaram para trás", disse Musa.

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