Brasil deve ultrapassar EUA e se tornar o maior produtor de carne bovina do mundo em 2025
Informações são do Departamento de Agricultura Americano, que divulgou relatório neste mês
O Brasil deve superar os Estados Unidos e se tornar, em 2025, o maior produtor de carne bovina do mundo, conforme o relatório desenvolvido pelo Departamento de Agricultura Americano (USDA, na sigla em inglês), divulgado no último dia 9.
O estudo, intitulado Livestock and Poultry: World Markets and Trade (Pecuária e Aves: Mercados e Comércio Mundiais, em português), projeta que o mundo deverá produzir neste ano aproximadamente 61,945 milhões de toneladas de carne bovina.
A medida é avaliada em peso de carcaça, que corresponde ao peso do animal após o abate e a remoção da cabeça, pele e da maioria dos órgãos internos.
O Brasil puxa a fila de maiores produtores em 2025, com a projeção de 12,35 milhões de toneladas produzidas até o final do ano; em seguida, aparecem os Estados Unidos (11,814 milhões de toneladas), a China (7,790 milhões), a União Europeia (6,475 milhões), a Índia (4,635 milhões) e a Argentina (3,220 milhões).
Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou um crescimento de 26,7% nas suas produções - em 2021, conforme o relatório, a produção de carne bovina no País era de 9,750 milhões de toneladas.
Neste mesmo ano, os Estados Unidos registraram a marca de 12,734 milhões de toneladas produzidas, e, desde 2022, o país apresenta sucessivas quedas - exceto em 2024, em que apresentou leve aumento (confira no gráfico abaixo).
USDA projeta diminuição da produção em 2026
Para 2026, o USDA prevê que o mundo tenha uma diminuição na produção de carne bovina, de 61,945 milhões de toneladas (projetadas para este ano) para 61,032 milhões de toneladas.
O Brasil também deverá ter uma diminuição de 5% na produção, diz o órgão, que projeta que o País produzirá cerca de 11,7 milhões de toneladas no ano que vem.
"Espera-se uma redução no abate de fêmeas, à medida que os produtores retêm vacas, o que sinaliza uma mudança no ciclo pecuário", diz o USDA.
Para os Estados Unidos, a previsão também é de queda, com uma produção estimada em 11,712 milhões de toneladas, em função da baixa disponibilidade de bovinos jovens em território americano.
"A produção de carne bovina dos Estados Unidos está projetada para cair 1%", diz o USDA, "em razão da disponibilidade limitada de novilhos e novilhas para entrada em confinamento, situação agravada pelas restrições à importação de gado proveniente do México", afirma o órgão.
Essa queda da produção, acrescenta o USDA, deve impulsionar o crescimento das importações, muito em razão da redução de tarifas impostas para mercados importantes, como Austrália e Brasil.
"A produção global em 2026 está projetada para cair 1%, para 61 milhões de toneladas, uma vez que as reduções na Austrália, no Brasil, na China, na União Europeia e nos Estados Unidos mais do que compensam os aumentos na Índia, no México, na Nova Zelândia e no Uruguai", diz o USDA.