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Azul estima sair de recuperação judicial nos EUA em fevereiro

Segundo companhia aérea, expectativa é que, até lá, endividamento fique em 2,5 vezes a geração de caixa, contra 5,2 vezes quando entrou com o processo, em maio

24 out 2025 - 11h06
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A Azul estima sair do Chapter 11, equivalente à recuperação judicial nos Estados Unidos, em fevereiro e com endividamento de 2,5 vezes em relação a sua geração de caixa. A previsão consta no plano de negócios atualizado, divulgado nesta sexta-feira, 24, pela companhia no âmbito do processo.

A Azul pediu recuperação judicial em maio, quando enfrentava dificuldades de levantar capital e renegociar dívidas por conta do seu endividamento. À época, esse indicador de alavancagem estava em 5,2 vezes. As dívidas da aérea haviam crescido 50% em um ano, atingindo R$ 31 bilhões.

Apesar de ser uma companhia aérea brasileira, a Azul escolheu pedir proteção contra credores nos EUA porque naquele país há mais agilidade, mecanismos de financiamento, menos burocracia e conhecimento em relação ao setor aéreo. Latam e Gol haviam feito o mesmo movimento anteriormente, logo após a pandemia.

Avião da Azul: retomada após fôlego trazido com recuperação judicial
Avião da Azul: retomada após fôlego trazido com recuperação judicial
Foto: Luis Alberto Neves/Divulgação/Azul / Estadão

No documento apresentado nesta sexta, a aérea diz esperar emergir da recuperação como uma companhia "significativamente mais saudável". Além da alavancagem menor, projeta menos dívidas gerais, passivos de arrendamento e pagamentos de arrendamento de aeronaves também menores.

O CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que durante o processo, a empresa conseguiu chegar a acordos com os principais stakeholders (interessados na empresa), reduzindo significativamente a dívida e alavancagem, aumentando geração de fluxo de caixa livre e, ao mesmo tempo, estabelecendo relacionamentos estratégicos de longo prazo.

"O plano que apresentamos hoje mostra esses resultados positivos e estamos extremamente entusiasmados para preparar a Azul para o futuro", afirmou.

No segundo trimestre de 2025, a alavancagem da Azul ajustada dos últimos 12 meses estava em 4,9 vezes. A expectativa é que o indicador recue para 2,5 vezes em fevereiro, na saída do Chapter 11, e depois siga caindo gradativamente nos anos seguintes. A alavancagem é estimada em 1,5 vez em 2027, 1,2 vez em 2028 e 0,8 vez em 2029.

Já a liquidez disponível ajustada da companhia deve ficar em US$ 536 milhões em fevereiro de 2026, ainda de acordo com o plano. Em 2027, deve saltar para US$ 1,1 bilhão, subindo para US$ 1,6 bilhão em 2028 e atingindo US$ 1,9 bilhão em 2029.

A Azul apresentou também o passivo de arrendamento de aeronaves estimado na saída do processo em US$ 2,2 bilhões, ante US$ 2,7 bilhões no primeiro plano divulgado em julho. A nova cifra representa queda de 32,9% ante o orçamento pré-petição do Chapter 11.

O documento divulgado nesta quinta-feira prevê economia de custos de R$ 747 milhões com base em melhorias de produtividade e contratos já finalizados, com potencial para alcançar uma economia adicional de R$ 160 milhões.

Prévias dos resultados ficam abaixo da expectativa

A Azul também apresentou prévias dos seus resultados. Segundo a companhia, a geração de caixa ajustada, sem não recorrentes, ficou em R$ 1,9 bilhão, 0,9% abaixo do previsto no plano anterior de julho. Já a receita operacional líquida somou R$ 5,7 bilhões, 1,7% menor.

As despesas operacionais, por sua vez, vieram R$ 79,3 milhões abaixo da projeção anterior, somando R$ 4,5 bilhões. A companhia destaca que isso ocorreu apesar do aumento de 2,7% no preço do combustível (R$ 17,3 milhões) e maiores despesas de contingência com clientes (R$ 41,5 milhões).

A empresa também diminuiu as projeções para a taxa de crescimento anual composta (CAGR) de receita e geração de caixa ajustada entre 2025 e 2029.

A companhia reduziu a projeção para a CAGR de receita de 7,4%, no documento divulgado em julho, para 5,8%, no plano divulgado hoje. A expectativa para o avanço de geração de caixa entre 2025 e 2029 caiu de 12,2% para 9,3%.

Já as projeções para o crescimento da capacidade, medida por assentos por quilômetro oferecidos, foi mantida em 3,4%. No orçamento pré-petição, o indicador era de 11,1%.

Em apresentação, a aérea destacou o plano otimizado de frota e malha, com uma combinação ajustada no mix de aeronaves e menor capacidade no curto prazo. Cita também a implantação simplificada da malha, com prioridade em hubs com forte presença e otimização da malha internacional.

"O plano de negócios atualizado assume, de forma conservadora, economia de custos de R$ 747 milhões com base em melhorias de produtividade e contratos finalizados já alcançados", complementa a Azul.

Estadão
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