Ata do Copom e IPCA movimentam o mercado e pressionam o dólar
Bolsa mira bater o recorde de 31 anos com a 15ª alta consecutiva
Nesta terça-feira (11), o mercado volta as atenções à divulgação da ata do Copom, que deve apontar a trajetória dos juros no país e sinalizar o início do ciclo de cortes. Após a ata, o IPCA de outubro deve continuar calibrando as expectativas do mercado.
O Ibovespa seguiu fazendo história nesta segunda-feira (10), ao registrar alta de 0,77%, aos 155.257 pontos — o 11º recorde consecutivo de fechamento, embalado pelo bom humor dos mercados globais e pela expectativa de queda nos juros no Brasil.
A alta foi sustentada pelo alívio nas tensões externas, após o Senado dos Estados Unidos aprovar um acordo que deve encerrar a paralisação do governo americano (“shutdown”) mais longa da história.
Entre os destaques da sessão, Lojas Renner (LREN3) saltou 3,9%, liderando os ganhos do dia, enquanto Azzas (AZZA3) caiu 2% e figurou entre as maiores baixas. No setor financeiro, as ações do Bradesco tiveram uma valorização de 1,56% (ON) e 1,87% (PN).
Ante os eventos externos e a expectativa pela divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o dólar encerrou o dia em queda de 0,53% ante o real, negociado a R$ 5,31; no menor nível desde 23 de setembro.
Nesta terça-feira (11), o mercado volta as atenções à divulgação da ata do Copom, que deve apontar a trajetória dos juros no país e sinalizar o início do ciclo de cortes. Após a ata, o IPCA de outubro deve continuar calibrando as expectativas do mercado.
O cenário externo também ajuda no bom humor dos investidores. As bolsas da Europa avançaram, enquanto na Ásia o pregão terminou misto: Tóquio e Hong Kong subiram, mas Xangai e Shenzhen recuaram, com cautela após o Softbank vender parte de suas ações da Nvidia, movimento que gerou dúvidas sobre a força do setor de inteligência artificial.
No cenário político, o presidente Lula deve sancionar hoje o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A medida faz parte do pacote de estímulo ao consumo que o governo tenta aprovar ainda neste ano.
Em destaque no setor corporativo, a Sabesp lucrou R$ 1,28 bilhão no 3º trimestre, alta de 9,5%, enquanto a Braskem firmou um acordo de R$ 1,2 bilhão com o governo de Alagoas. Já a Rede D’Or vendeu a Maternidade Star por R$ 223 milhões e a Azul segue seu processo de reestruturação financeira nos Estados Unidos.
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