Argentina atravessa um dos mais ousados esforços de estabilização da história de emergentes, diz IIF
Na avaliação do Instituto Internacional de Finanças, reformas tributária, trabalhista e de infraestrutura continuam urgentes no país
A Argentina está passando por um dos esforços de estabilização mais ousados da história recente dos mercados emergentes (ME), ancorado na disciplina fiscal e no Estado de Direito, na avaliação do Instituto Internacional de Finanças (IIF), em relatório publicado nesta terça-feira, 8.
No entanto, a instituição acredita que, para "desbloquear todo o potencial" do país, serão exigidas reformas estruturais. "As reformas tributária, trabalhista e de infraestrutura continuam urgentes. A institucionalização dos ganhos fiscais é essencial para garantir o progresso", afirma.
O IIF acrescenta que as reservas externas ainda são escassas e que manter a trajetória de progresso até agora exigiu o aprofundamento das reformas, bem como a garantia de apoio institucional e a mobilização de investimentos privados — "tudo isso essencial para gerenciar riscos".
Segundo o relatório, os spreads dos títulos soberanos argentinos se comprimiram, refletindo a recuperação da confiança dos investidores — "mas os riscos permanecem", apesar da queda da inflação de mais de 270% para 40% há um ano.
"Embora as restrições cambiais ainda se apliquem às empresas, as pessoas físicas agora desfrutam de pleno acesso ao mercado, com os controles sendo flexibilizados enquanto uma taxa de câmbio unificada sinaliza a normalização", pontua.