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Ambipar pode entregar pedido de recuperação judicial a partir de segunda (20), segundo fontes

Cautelar que deu proteção à empresa contra credores vence no fim da próxima semana. Procurada, Ambipar não retornou até a publicação desta reportagem

18 out 2025 - 17h32
(atualizado às 17h36)
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O prazo para a Ambipar, empresa de gestão de resíduos, entregar um pedido de recuperação judicial na Justiça começa a ser contado nesta segunda-feira (20). A cautelar que deu proteção à empresa contra credores vence no fim da próxima semana e o pedido pode ser entregue em qualquer dia, inclusive na segunda seguinte, apurou a Broadcast. Fontes disseram que a Ambipar vinha negociando com credores uma reestruturação por meio de uma recuperação extrajudicial, mas as tratativas não avançaram entre alguns bancos.

Procurada, a Ambipar não retornou até a publicação desta reportagem.

Entre os motivos estaria a discordância sobre a manutenção da Justiça do Rio de Janeiro como foro da causa. Em petição entregue à Justiça em 30 de setembro, Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil, ABC Brasil e Sumitomo pediram a transferência do processo para São Paulo, alegando ser o foro adequado, já que a sede da empresa está neste Estado e a suposta sede no Rio de Janeiro funciona em um co-working. Os bancos anexaram mais de mil páginas para comprovar a relação da companhia com São Paulo, entre números de telefone e contratos.

Ambipar declarou débitos de R$ 10 bilhões

O maior grupo de credores, contudo, é formado pelos detentores de papéis emitidos no exterior pela Ambipar, que somam dívidas de US$ 1 bilhão, o equivalente a mais de R$ 5 bilhões. Como essa dívida é bastante pulverizada, não é simples reunir o quórum necessário para fechar um acordo em pouco tempo.

Para ingressar com um pedido de recuperação extrajudicial, a lei exige o consenso de 1/3 dos credores. Na tutela cautelar deferida pela 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Ambipar declarou débitos de R$ 10 bilhões.

A Broadcast apurou que Bradesco, Itaú e Santander estão expostos em linhas de capital de giro da Ambipar que somavam R$ 1,68 bilhão em junho. Banco do Brasil e Itaú também carregam debêntures da companhia, por meio de suas gestoras. No último balanço, a Ambipar informou ter R$ 2,8 bilhões em debêntures emitidas, remuneradas a CDI + 2,75% a 3,5%.

Empresa contratou empresa para fazer levantamento sobre o caixa

Ontem, a Ambipar confirmou a contratação da FTI Consulting para fazer um levantamento a respeito do caixa da empresa. Além disso, a FTI vai analisar o contrato de derivativos com o Deutsche Bank, o qual, segundo alegou a Ambipar na cautelar que evitou a cobrança de credores, colocou em risco a solvência da companhia após a assinatura de um aditivo.

A contratação da FTI seguiu-se a conversas da companhia com credores. Persistem dúvidas sobre o destino do caixa da Ambipar, que surgiram na divulgação do balanço do segundo trimestre, quando veio à tona que cerca de R$ 2 bilhões, dos R$ 4,7 bilhões, haviam sido alocados em um Fundo de Investimento em Direito Creditório (FDCI) sem detalhar onde os recursos estavam aplicados.

O BR Partners é o assessor financeiro da Ambipar no processo, enquanto a assessoria jurídica está a cargo dos escritórios Salomão Advogados e Galdino, Pimenta, Takemi, Ayoub, Salgueiro, Rezende de Almeida Advogados. A FTI atuou na verificação contábil de Americanas, após a descoberta de fraude contábil em 2023 e um rombo de R$ 20 bilhões na varejista.

Estadão
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