'Né brinquedo, não': Solange Couto escuta bordão até hoje e diz que saltou da 'TV para o Brasil'
A personagem criada por Gloria Perez fez grande sucesso em O Clone, de 2001, e ganhou homenagem na novela 'Dona de Mim'
"Né brinquedo, não" é um dos bordões mais marcantes da TV brasileira e voltou às telinhas recentemente em Dona de Mim, exibida na faixa das 19h da Globo. A frase marcante é de Dona Jura, personagem que Solange Couto interpretou em O Clone e recebeu uma homenagem na novela de Rosane Svartman.
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"Eu me senti lisonjeada. A Dona Jura faz parte da minha história e me proporcionou uma visibilidade muito interessante, me fez saltar da TV para o sofá do Brasil inteiro. São muitas pessoas homenageadas nessa homenagem. Tem a Glória [Perez] que escreveu e o Jayme Monjardim [diretor de O Clone], que fazem parte dessa história de sucesso", diz Solange em entrevista ao Terra.
Na participação especial, Dona Jura é uma empresária de sucesso, dona de um bar em São Cristóvão, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro onde se passa a história de Dona de Mim. "A experiência foi pequenininha, rapidinha, mas muito gostosa. A Jurema, que é o nome dela de batismo, voltou com um bar mais bonitão. Acho que renderia mais participações ali, hein, eu gravaria mais", comenta Solange, que não esconde a vontade de esticar a participação.
Essa é a segunda vez em pouco tempo que Solange volta a interpretar a personagem. Para o especial de 60 anos da Globo, que foi ao ar em abril deste ano, ela fez uma ponta como Dona Jura. A atriz diz não ter dificuldades para entrar no papel, mesmo após mais de 20 anos da exibição de O Clone. "Confesso que ela me toma. Empresto meu corpo sempre para minhas personagens, a entrega, para mim, é integral."
Para Solange, o que marca o sucesso da personagem é o carinho que recebe até hoje por causa desse trabalho. Ela diz ser parada em diferentes locais por fãs e garante que não tem um dia que saia na rua que não escute "né brinquedo, não."
A artista analisa que o segredo do sucesso de Dona Jura é a identificação do público com mulheres que eles conhecem da vida real. "A Jura foi uma personagem que tive muita liberdade de compor. Não só no bordão, mas na postura, no olhar, na maneira de falar, o equilíbrio da voz, a maneira de entonar a fala e a dosagem suburbana do gestual. A mulher brasileira se identificou. Quem não é igual a Jura conhece alguém igual."
Solange Couto ainda conta que não esperava que a personagem fosse fazer tanto sucesso quando foi chamada para a novela, principalmente porque era um papel pequeno em um núcleo secundário. "Glória [Perez, autora de novelas], sempre generosa e dando oportunidade para muitas pessoas, criou um núcleo, empregando muitas pessoas talentosas, mas que não tinham destaque como o elenco principal. Aí, Deus mirou em mim e disse: Agora vai", conclui a atriz.