Henrique Ramiro abusa do humor como Sérgio de 'Ribeirão do Tempo'
- Márcio Maio
O gosto pelo humor é uma característica indisfarçável de Henrique Ramiro. O jovem intérprete do estudante Sérgio de Ribeirão do Tempo tem boas tiradas, gosta de ser engraçado e acredita que foi exatamente isso que o manteve na novela da Record. Escalado para participar de apenas quatro capítulos, o ator decidiu apostar na comicidade de certas situações que envolviam o grande amigo do casal apaixonado André e Sônia, de Vitor Facchinetti e Louise D'Tuani.
"Como o núcleo dos adolescentes não tinha comédia, resolvi criar isso em cima do texto. Até porque eu não tinha qualquer base, não sabia quem eram os pais dele, de onde ele tinha surgido", explicou. Contratado até o final de abril, Henrique torce para permanecer na emissora e engatar, logo em seguida, um novo trabalho. "Está tudo dando certo e tenho recebido elogios. Seria bom para a minha carreira se isso acontecesse", analisou.
Nome: Henrique Ramiro Gonçalves.
Nascimento: 3 de maio de 1988, na cidade de São Paulo.
O primeiro trabalho na TV: o Anjo de Colégio Brasil, exibida em 1996 pelo SBT.
Sua atuação inesquecível: O Chico de Queridos Amigos, minissérie exibida pela Globo em 2008. Ele descobria que o pai traía a mãe e apontava uma arma para ele. Tive cenas bem fortes ali.
Interpretação memorável: Tony Ramos como o Opash de Caminho das Índias, exibida pela Globo em 2009.
Um momento marcante na carreira: Quando subi no palco pela primeira vez com uma peça profissional. Foi no espetáculo Pequeno Livro de Páginas em Branco, no Teatro Arena, em São Paulo, ao lado do Gianfrancesco Guarnieri.
Ao que assiste: Séries e seriados.
Ao que nunca assiste: Programas sensacionalistas que adoram expor a vida das pessoas.
O que falta na TV: Faltam boas séries brasileiras. Temos minisséries, mas pouca coisa de longa duração, como vemos no exterior.
O que sobra na TV: A exploração de tragédias. É claro que os jornais têm de falar sobre isso, mas vejo que muitas vezes transformam situações que não têm esse peso de tal forma que você liga a TV e três canais estão exibindo a mesma cena várias vezes.
Ator: Selton Mello.
Atriz: Maria Luísa Mendonça.
Com quem gostaria de contracenar: Tony Ramos.
Se não fosse ator, o que seria: Jogador de futebol. Jogo desde criança. Tudo pode faltar na minha semana, menos futebol.
Humorista: Marco Nanini.
Novela preferida: O Rei Gado, exibida pela Globo em 1996.
Cena Inesquecível na TV: O jogo da final entre o Brasil e a Alemanha na Copa do Mundo de 2002.
Melhor Abertura de novela: O Rei do Gado.
Vilão marcante: A Clara, de Mariana Ximenes, em Passione.
Personagem mais difícil de compor: Sérgio, de Ribeirão do Tempo. Eu não tinha muitas informações, não sabia se ele era rico ou pobre, bem resolvido ou revoltado, enfim, foi tudo muito intuitivo.
Melhor bordão da TV: O Lima Duarte mexendo as pulseiras em Roque Santeiro, exibida pela Globo em 1985.
Canção inesquecível de trilha sonora: A Miragem, de Marcus Viana, de O Clone, novela exibida pela Globo em 2001 e em reprise atualmente no Vale a Pena Ver de Novo.
Que novela gostaria que fosse reprisada: O remake de O Profeta, exibido pela Globo em 2006. Achei que seria reprisada agora, mas adiaram.
Com quem gostaria de fazer par romântico: Fernanda Souza. Ela é engraçada e tem o tom de comédia. Acho que ia ficar legal.
Par romântico inesquecível: Maya e Raj, de Juliana Paes e Rodrigo Lombardi, em Caminho das Índias.
Filme: Tropa de Elite 2 e Central do Brasil.
Livro de cabeceira: A Cabana, de William P. Young.
Mania: Entrar com o pé direito no estúdio.
Autor: Maria Adelaide Amaral.
Diretor favorito: Roberto Talma.
Medo: Da solidão.
Vexame: Quando estava apresentando a final de um quadro de calouros do Gente Inocente, ao vivo, passei o mesmo número para que votassem nos dois candidatos. E consegui ainda trocar o nome de um dos finalistas.
Projeto: Atuar no cinema.