Globo mostra como o telespectador vai comprar em tempo real produtos oferecidos na TV 3.0
Canal aproveita reportagem sobre o universo da publicidade para estimular o consumismo do público
De carona na fictícia agência Tomorrow, da novela ‘Vale Tudo’, a Globo exibiu um ‘Globo Repórter’ especial sobre a publicidade brasileira, com destaque para a relação das propagandas com a televisão.
O canal líder de audiência aproveitou para divulgar a TV 3.0, também chamada de DTV+, novo padrão da televisão digital no país.
Como exemplo, usou uma cena de ‘Dona de Mim’ em que Abel (Tony Ramos) observa um colar. Na tela, surgiram ícones para comprar a joia, o relógio usado pelo ator e a luminária do cenário, e apareceu uma simulação colocando os itens selecionados no carrinho de compras.
É assim que vai funcionar: o telespectador usará o controle remoto e o celular (que será sua carteira digital) para adquirir produtos variados exibidos na teledramaturgia, em programas de auditório, nas partidas de futebol e em outras atrações da programação ao vivo e gravada — e também nos anúncios dos intervalos.
A TV aberta vai se transformar em um shopping center.
Quem quer dinheiro?
As compras em tempo real na TV 3.0 poderão aliviar o aperto financeiro da maioria das redes de TV.
Além da Globo, a Record, o SBT e a Band estão otimistas com o provável faturamento gigantesco possibilitado pela nova tecnologia.
Estas emissoras vão ampliar a relação comercial com grandes marcas e marketplaces. Além disso, poderão vender produtos com sua própria ‘brand’.
Exemplos hipotéticos: a Globo oferecer canecas térmicas com os logotipos de seus programas ou disponibilizar congelados com a marca ‘Mais Você’ com a imagem de Ana Maria Braga estampada na embalagem.
A atenção do público estará dividida entre o conteúdo do que assiste e as promoções tentadoras. A TV 3.0 deverá entrar no ar até a metade de 2026.