Ex-'Aqui Agora' volta à TV após temporada no Japão e câncer do filho
Ao Terra, Carlos Cavalcante celebrou retorno à Record e comentou retorno do programa policial
Carlos Cavalcante, ex-"Aqui Agora", foi recontratado pela Record, integrou o "Balanço Geral" e destacou sua trajetória de 43 anos na TV, retorno ao Brasil e superação familiar.
O jornalista Carlos Cavalcante, de 67 anos, foi recontratado pela Record no último mês e passou a integrar a equipe do Balanço Geral, noticiário focado em cidades e cotidiano.
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Conhecido por sua carreira na TV, Carlos também fez parte do famoso Aqui Agora, atração policialesca que marcou a década de 1990 e que está prestes a voltar à grade do SBT --sua estreia, porém, já foi adiada algumas vezes pela gestão de Daniela Beyruti.
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Em entrevista exclusiva ao Terra, o repórter falou sobre estar diante das câmeras aos 67 anos, o retorno ao Brasil após morar no Japão, a luta do filho contra o câncer, o retorno ‘mágico’ à Record e, claro, sobre os anos que dedicou ao polêmico Aqui Agora. Confira:
Me fale sobre o retorno à Record.
CC: Esse retorno é algo mágico , imprescindível para um profissional que tem 67 anos de idade e 43 de televisão. Trabalhei muitos anos na Record, saí de forma amigável, mas, como bom filho, retornei e estou sendo muito bem acolhido no jornalismo , em particular no Balanço Geral Manhã, com o Willian Leite, Thiago Gardinali e uma grande equipe.
Qual foi a reação ao receber o convite?
CC: Recebi o convite com muita emoção e surpresa. Agradeço a direção de Jornalismo e todas as equipes que me receberam. Quero agradecer minha esposa Analice Ito, que sempre apoiou e incentivou meu retorno, e não posso esquecer o público, são milhares de amigos que tenho e nunca me abandonaram.
Por que decidiu morar no Japão?
CC: Fui para o Japão com minha esposa em 2024 para morarmos lá um ano. Mas voltei depois de 6 meses, porque meu filho mais velho foi diagnosticado com um câncer. Hoje, graças a Deus, ele está curado. Fomos lá para sentir na pele como é a vida dos dekasseguis, brasileiros que trabalham nas fábricas em exaustivas jornadas de até 12 horas. Uma semana de dia e outra a noite.
Como foi o tempo que passou no Japão?
CC: Aprendi muito com o espírito japonês de dedicação e respeito. A aventura vai virar meu segundo livro. O primeiro, 'Da Favela para o mundo', virou best-seller e já vendeu milhares de cópias em países da Ásia, África, América do Sul, Estados Unidos, países árabes e europeus. Um sucesso.
Há relatos de segregação no Japão, passou por isso?
CC: O Japão recebe a todos com respeito e civilidade. Jamais vi ou sofri qualquer tipo de sofrimento, muito pelo contrário um povo fantástico.
Me fale sobre sua mulher, como é a sua história de amor?
CC: Meu grande amor é a também Jornalista Analice Ito, uma jovem de origem brasileira e japonesa. São 15 anos de um casamento abençoado. Juntos, já viajamos praticamente o mundo todo como nômades digitais e trabalhando duro nas fábricas japonesas. Uma mulher lindíssima, raridade, de sangue baiano, japonês e coreano.
Você fez parte do Aqui Agora, assim como você, o programa está voltando...
CC: O Aqui Agora foi uma grande escola e tenho o maior respeito pelo público que nos assistia e pelos os grandes companheiros que fiz trabalhando lá. O Aqui Agora marcou os telespectadores, mas também entre quem fez o jornal.
O que pode falar sobre sua passagem por lá?
CC: No Aqui Agora fiz milhares de matérias, mas a cobertura da morte dos Mamonas Assassinas marcou minha carreira.
Como se sente com o retorno dessa atração?
CC: Tenho acompanhado as notícias sobre esse retorno, mas acabei de voltar pra Record, então hoje estou focado em crescer nos projetos jornalísticos da emissora.
Vamos falar de sucesso, a que atribui o seu?
CC: Já ganhei muitos prêmios, em uma carreira vitoriosa. Todos os prêmios divido com os profissionais que trabalham ou trabalharam comigo. Vamos em busca de outros agora.
Sonha com seu próprio programa?
CC: Antes de tudo, tenho enorme gratidão pelo público que me reconhece nas ruas e na TV. Sobre o futuro, Todos os meus passos na Record estão sendo conduzidos de forma muito cuidadosa pela direção de Jornalismo, pelo público e até mesmo com o auxílio da minha esposa. Tenho também uma equipe de assessoria para atividade física, alimentação , nutrição e todos os cuidados para estar saudável.
