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Era previsível: Borel se autodestrói diante das câmeras

Funkeiro que ambicionava ser ‘descancelado’ em ‘A Fazenda’ pode sair do reality show com a imagem irreversivelmente destroçada

25 set 2021 - 13h13
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“Os instintos são formas típicas de comportamento, e todas as vezes que nos deparamos com formas de reação que se repetem de maneira uniforme e regular, trata-se de um instinto, quer esteja associado a um motivo consciente ou não”, concluiu o psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Jung, fundador da Psicologia Analítica.

Nego do Borel pode conseguir o inimaginável: sair ‘recancelado’ de ‘A Fazenda’
Nego do Borel pode conseguir o inimaginável: sair ‘recancelado’ de ‘A Fazenda’
Foto: Reprodução/TV

Por seus atos recorrentes, Nego do Borel demonstra o instinto da autodestruição. Ele não precisa de inimigo externo: é o seu próprio algoz. Sabota a si mesmo, como se vê em ‘A Fazenda’. Indiciado dias atrás por lesão corporal contra a então namorada Duda Reis, agora ele está sob suspeita – na visão manifestada pelo público nas redes sociais – de forçar sexo com Dayane Mello, também confinada no reality show da Record TV.

Antes disso, o cantor deu sinais de descontrole emocional ao jogar objetos numa parede após ser repreendido pela produção. Teve ainda crises de choro. Lágrimas (verdadeiras ou simuladas) são comuns em qualquer programa do gênero e não configuram, por si só, um transtorno psíquico. Já o comportamento instável do funkeiro, associado a seu complexo histórico de atitudes e declarações, indica uma bomba-relógio potencialmente perigosa a ele próprio e a quem está ao seu redor.

As imagens não mentem. São provas. Há milhões de testemunhas: os telespectadores agora enojados e revoltados com a insistência de Borel em ficar com Dayane na cama, enquanto a modelo estava visivelmente alterada pelo efeito do excesso de álcool. “Para com isso”, ela disse, mais de uma vez. Qualquer homem deve aprender uma lição básica: não é não. Importante repetir: não é não.

No caso de Borel, o instinto agudo apontado por Carl Jung venceu o bom senso, o respeito, a autopreservação. Para piorar, alguns peões enxergaram normalidade na cena. Até quando vamos assistir a mulheres sendo aviltadas em reality shows, como se essa violência fosse parte do entretenimento? Se a direção de ‘A Fazenda’ não tomar uma atitude enfática, vai jogar a credibilidade da Record TV no lixo. A de Nego do Borel já seguiu para o esgoto.

Nem o melhor consultor de crise será capaz de reverter a acelerada decomposição de sua imagem pública. Contudo, o imponderável às vezes derrota a lógica e a ética. Em outras edições de realities, participantes classificados como vilões não só foram perdoados como acabaram eleitos campeões. Como explicar? Como aceitar? Talvez nem Jung saberia responder.

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