Demissões surpreendentes na Globo mostram que quase ninguém está seguro na TV
Retrospectiva 2025: emissora dispensou nomes importantes e novos cortes poderão acontecer por economia
Este foi um ano movimentado no RH da Globo e GloboNews. Apresentadores e comentaristas aparentemente intocáveis acabaram demitidos.
O primeiro foi Rodrigo Bocardi, em janeiro, após 26 anos na emissora líder de audiência. Recebeu uma ligação em casa comunicando que não era mais o âncora do ‘Bom Dia São Paulo’ e do segmento paulista do ‘Bom Dia Brasil’.
O motivo ainda é mistério. “... foi desligado por descumprir normas éticas do Jornalismo da Globo”, diz trecho do comunicado do canal.
O apresentador também não deu detalhes. Disse apenas que foi uma “grande injustiça”. Ainda sem ter fechado com outra emissora, ele comanda o perfil de notícias BocaTV no Instagram.
Em agosto, ao voltar de férias, Daniela Lima recebeu o aviso de demissão. Em dois anos na GloboNews, ela se tornou uma das principais âncoras do canal. Parecia cada vez mais poderosa.
A saída inesperada gerou o boato de que haveria um recuo na linha editorial progressista do canal, o que não se confirmou. No momento, Daniela pode ser vista diariamente na TV UOL e, às quartas, nas plataformas da rádio TMC.
No SporTV, as demissões dos comentaristas Fabíola Andrade (15 anos na empresa) e Conrado Santana (14 anos no ar) também geraram espanto. Ambos passaram a atuar no digital.
Atrás das câmeras, um desligamento amplamente lamentado foi o de Alexandre Mattoso, ex-diretor do ‘Encontro com Fátima Bernardes’, ‘Encontro com Patrícia Poeta’ e ‘É de Casa’. Com 28 anos na emissora, era muito querido pelas equipes.
Seja por questão editorial, desgaste interpessoal ou corte de despesas, as demissões na Globo sempre ganham ruidosa repercussão. A antiga estabilidade não existe mais. Ninguém parece 100% seguro nos canais do grupo.
Há expectativa de novos cortes de profissionais que trabalham no vídeo e também nos bastidores, mas comenta-se nos corredores sobre futuras contratações para a cobertura da Copa do Mundo e da campanha eleitoral.