Carta aberta a Lula pede regulação do streaming no Brasil; veja quem assinou
Mais de 750 profissionais do audiovisual assinam carta aberta em defesa de um marco regulatório urgente
"Não podemos aceitar que o nosso mercado audiovisual seja usado como moeda de troca, como em momentos anteriores de nossa história. Devemos almejar equilibrar a nossa balança comercial da cultura, exportando nossa diversidade e nossa produção cultural para o mundo."
O PL 2331/22 propõe que as plataformas de streaming contribuam com 6% da receita para o desenvolvimento de conteúdo nacional, percentual inferior aos 12% recomendados pelo Conselho Superior do Cinema. A proposta foi construída com base em modelos adotados em França, Itália e Coreia do Sul, e já recebe apoio consolidado do setor.
A carta pede ainda:
- Apoio formal do Executivo ao PL 2331/22;
- Atuação ativa do Ministério da Cultura em defesa da indústria audiovisual;
- Mobilização conjunta para garantir a tramitação urgente do projeto no Congresso.
"Sem regulação, o Brasil corre o risco de ser apenas um mercado consumidor, sem consolidar uma indústria nacional capaz de gerar emprego, renda e projeção internacional." O documento ressalta ainda que a regulação representa uma questão de soberania nacional, cultura e democracia, e conclui: "Trata-se de garantir que a voz do Brasil continue a ser contada por brasileiros."