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Jeff Benício

Morte de primeiro global vítima de covid ressalta a tragédia

Eduardo Galvão vira um símbolo da letalidade do vírus e do recrudescimento da pandemia no Brasil

8 dez 2020 - 10h18
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Quando um famoso morre gera forte comoção. Ainda mais se for um ator da Globo, emissora de maior audiência do País. A notícia vira manchete em telejornais, motiva homenagens de outras celebridades e suscita reflexões no público.

Morte de Eduardo Galvão faz a imprensa voltar a destacar a gravidade da pandemia
Morte de Eduardo Galvão faz a imprensa voltar a destacar a gravidade da pandemia
Foto: Divulgação

É o caso, agora, da morte de Eduardo Galvão. O artista conhecido por atuações em novelas e pela simpatia na vida real morreu na noite de segunda-feira (7), de complicações da covid-19. Tinha 58 anos. Deixa uma filha e uma neta de 1 ano.

O último trabalho foi ‘Bom Sucesso’, bem-sucedida produção das 19h na Globo, encerrada em janeiro deste ano. Sua estreia em TV também aconteceu no canal carioca, em ‘O Salvador da Pátria’, de 1989.

Galvão se torna o primeiro ator de maior visibilidade na Globo a morrer da doença que já matou quase 180 mil brasileiros. Ele dá cara a homens e mulheres anônimos e a alguns artistas menos midiáticos igualmente tirados da vida pelo coronavírus.

O perecimento de Eduardo Galvão acende holofotes sobre uma realidade ignorada por milhões de pessoas: a pandemia não acabou. Pelo contrário, os índices de contaminação e mortes subiram nas últimas semanas.

Não se engane ao ver em sites, revistas e redes sociais vários famosos curtindo férias nas Maldivas e em Dubai, destinos preferidos dos brasileiros ricos proibidos de fazer turismo na Europa e nos Estados Unidos, como se o planeta já tivesse sido imunizado.

Esse mundo glamouroso — semelhante ao da ficção vista em folhetins — não espelha a gravidade dos fatos. Ainda vivemos sob risco, UTIs estão cheias, assintomáticos continuam a transmitir o vírus sem saber, ainda não há nenhuma vacina aprovada no Brasil.

Sob cuidados intensivos em um bom hospital particular, Eduardo Galvão não resistiu. Aconteceu com ele, pode ocorrer com qualquer um. Resta-nos redobrar os cuidados individuais, valorizar cada segundo de vida e prestar homenagens àqueles que não terão a chance de ver o fim dessa tragédia coletiva.

Em tempo: a covid-19 levou outros profissionais queridos da televisão. Entre eles, a atriz Daisy Lúcidi, aos 90 anos, em maio; o apresentador Rodrigo Rodrigues, de 45, em julho; o ator Gésio Amadeu, aos 73, em agosto; e o humorista Luiz Carlos Ribeiro, o Rodela, de 66 anos, no início de dezembro.

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