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Jeff Benício

Maradona ‘se entregou’ e buscou a morte, diz médico na TV

Revelação de detalhes sobre problemas cardíacos e saúde mental do ídolo surpreenderam milhões de telespectadores argentinos

7 dez 2020 - 10h05
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Na noite de sábado (5), o programa de debates ‘Podemos Hablar’, do canal Telefe, recebeu o médico e secretário de Segurança de Buenos Aires Sergio Berni. Ele revelou ter integrado a equipe que avaliou a saúde de Diego Maradona em 2001, quando o então jogador tinha 41 anos. “Diagnosticamos os primeiros sintomas precoces de cardiomiopatia dilatada”, disse o cirurgião.

Imprensa argentina diz que o ídolo do futebol enfrentava forte depressão nos últimos meses de vida
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Foto: Reprodução

Em explicação simplista, esse distúrbio produz alterações no músculo cardíaco e prejudica o bombeamento de sangue a partir do coração. Para surpresa geral de quem o entrevistava e o assistia, Berni contou que a morte abrupta do maior ídolo esportivo da Argentina já era prevista. “Não foi um choque quando eu soube”, afirmou.

“Sou daqueles que acreditam que o Diego estava preparando isso, ele estava procurando por isso. Nós que temos uma relação com o paciente, vemos isso, vemos a relação entre vida e morte, quando o paciente se entrega”, esclareceu. “Diego se entregou.” Dr. Berni acredita que agora Maradona “encontrou a paz de que precisava”.

Visivelmente triste pela morte do paciente e amigo, o médico ressaltou o peso da fama e das cobranças familiares no quadro clínico do ‘Diez’. “Os últimos anos de Maradona foram um tormento, realmente foram um tormento. Ser Maradona fez mais mal a ele do que qualquer uma das doenças e vícios. Ele estava em um ambiente prejudicial. Encontrou paz nesse caminho”.

Dr. Sergio Berni afirma que Maradona não suportava mais a pressão em torno dele
Dr. Sergio Berni afirma que Maradona não suportava mais a pressão em torno dele
Foto: Reprodução

Neste ano, vários veículos da imprensa argentina noticiaram que Maradona tratava uma severa depressão. Ele também havia sido medicado com ansiolíticos. Um dos motivos seria a rejeição. O atleta que seduziu tantas mulheres ao longo da vida não conseguiu convencer a última namorada, Rocío Oliva, a se reconciliarem. Ela sequer atendeu ao pedido para visitá-lo em seu aniversário de 60 anos, 25 dias antes de o sofrido coração de Maradona parar.

Questões emocionais à parte, o icônico atleta pode ter sido vítima de negligência. É a suspeita que paira sobre seu médico pessoal, Leopoldo Luque. Há uma investigação em curso. Ele não teria considerado as possíveis sequelas de um tombo, quando Maradona bateu a cabeça, e sido relapso no monitoramento da saúde do ex-jogador após uma cirurgia para tratar um hematoma no cérebro. Ele morreu vinte dias depois do procedimento.

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