Confissões sexuais de Joesley fazem lembrar Frank Underwood
Relatos picantes de delator levam o escândalo JBS a ter seu momento ‘House of Cards’
“Tudo é sobre sexo. Exceto o sexo. Sexo é sobre poder”, disse Frank Underwood, o inescrupuloso presidente dos Estados Unidos em ‘House of Card’.
Na série da Netflix, o político usa o sexo como ferramenta de trabalho: é na cama de uma jornalista que ele passa as informações que deseja disseminar na mídia em benefício de seu projeto de poder.
Mas, quando a moça se torna uma ameaça, Frank faz jus ao estilo maquiavélico e se livra da repórter com a frieza típica de um psicopata – afinal, o poder e a impunidade precisam ser mantidos, custe o que custar.
Em trechos do áudio da conversa entre Joesley Batista e Ricardo Saud, amplamente reproduzidos na imprensa, o dono da JBS e delator-mor do País insere o sexo no contexto político da crise sem fim que afunda o Brasil.
O magnata da carne avisa que um aliado “precisava levar para a cama uma das envolvidas na negociação com o MPF (Ministério Público Federal)”, de acordo com destaque de ‘O Antagonista’.
Saud completa: “Isso não é tesão nem amor nem paixão. É trabalho”. Dá pra imaginar Frank Underwood olhando para a câmera, cúmplice e debochado.
Em outro momento da gravação, Joesley revela uma fantasia sexual: está “invocado” em transar com uma “velha por aí”, segundo o site do ‘Estadão’.
Tem mais: o empresário conta ter “arrumado” um homossexual (ele diz um termo nada politicamente correto) para usá-lo em negociações. Isso mesmo: oferecer o tal rapaz gay como moeda de troca.
Neste momento, Frank já estaria gargalhando apoiado em sua mesa no Salão Oval. Não há limite para a baixaria nos escândalos tupiniquins.
A mídia, em seu papel, divulga as indiscrições de Joesley e seus asseclas. Até o pomposo ‘Jornal Nacional’ destacou o explosivo e vexaminoso teor sexual do novo áudio.
Com desconcertante honestidade, o polemista sexual Marquês de Sade declarou: “A primeira lei que a natureza me impõe é gozar à custa de quem for”.
No caso do País dos seios siliconados e da bunda de fora, uma cúpula criminosa goza à custa de 207 milhões de brasileiros feitos de otários.
“Foi bom pra você?”
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