Bye, bye crise: 'A Força' é o sucesso que a Globo precisava
Novela de Gloria Perez se torna o maior êxito dos últimos três anos
Demorou, mas aconteceu: a Globo voltou a se estabilizar na casa dos 30 pontos de audiência na sua principal faixa de teledramaturgia.
Em post do dia 7 de abril, ‘A Força do Querer se firma no Ibope e desponta como sucesso’, o blog já destacava o início animador da novela de Gloria Perez.
As seis primeiras semanas da trama, até o capítulo 36, exibido no sábado (13), registram 31 pontos de média no Ibope. É o melhor desempenho no período desde Amor à Vida (34 pontos), exibida entre 2013 e 2014.
Nesta fase inicial, crucial para fidelizar o público, A Força do Querer supera as seis antecessoras: A Lei do Amor (26 pontos), Velho Chico (28), A Regra do Jogo (25), Babilônia (25), Império (30) e Em Família (30).
Com uma narrativa ágil, personagens bem delineados e sem invencionices dramatúrgicas, a autora conseguiu ofuscar a desconfiança dos críticos, suscitada pela irregularidade de sua criação anterior, Salve Jorge (2012-2013).
Desta vez, Gloria Perez apresenta uma novela que não tem a pretensão de ser original nem polêmica, e sim uma história bem contada e interessante. Alvo acertado.
Uma das principais qualidades de A Força do Querer é ter romances verossímeis e capazes de despertar torcida. Afinal, a passionalidade do público precisa ser cutucada, ou se conseguirá apenas indiferença e índices mornos no Ibope.
O imbróglio amoroso envolvendo Ritinha (Isis Valverde), Ruy (Fiuk), Jeiza (Paolla Oliveira) e Zeca (Marco Pigossi) parece ter empolgado os noveleiros, assim como o triângulo formado por Bibi (Juliana Paes), Rubinho (Emílio Dantas) e Caio (Rodrigo Lombardi).
A Globo precisava muito de um novelão bem-sucedido como A Força do Querer para espantar a crise de audiência – e identidade – do horário das 21h. A cúpula da emissora já pode respirar aliviada.