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Novelista critica uso de Dona Marisa como “bode expiatório”

Aguinaldo Silva entra na polêmica que envolve ainda as Lojas Marisa e a ‘Veja’

14 mai 2017 - 18h44
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Autor de alguns dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira, Aguinaldo Silva é politizado e usa as redes sociais para criticar as mazelas brasileiras.

Aguinaldo Silva protestou contra a responsabilização de Dona Marisa no depoimento de Lula
Aguinaldo Silva protestou contra a responsabilização de Dona Marisa no depoimento de Lula
Foto: TV Globo/Divulgação, Veja/Reprodução e Ricardo Stuckert/Instituto Lula / TV Globo/Divulgação, Veja/Reprodução e Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro, na quarta-feira (10), o fez usar o Twitter para criticar a maneira como a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em decorrência de um AVC, em fevereiro, foi citada pelo líder petista.

“Pelo que pude entender, os crimes foram reconhecidos, mas foram todos atribuídos a quem já morreu e não pode se defender nem ser punido”, escreveu Silva no microblog.

A respeito da sororidade – movimento de união entre mulheres –, o novelista fez um questionamento: “Mexeu com uma, mexeu com todas. Mas transformar dona Marisa Letícia em bode expiatório depois de morta, pode, não é?”

Em outro tweet, ele se explicou melhor para não ser acusado de partidarismo: “Não tem a ver com política, e sim com caráter e vergonha na cara. Por isso não consigo parar de pensar no que fizeram com dona Marisa Letícia”.

A opinião de Aguinaldo Silva vai ao encontro dos críticos de uma rede de varejo que, num senso de oportunidade (ou seria oportunismo?) publicitário, lançou uma campanha com alusão à ex-mulher de Lula.

“Se sua mãe ficar sem presente, a culpa não é da Marisa”, diz o anúncio de Dia das Mães veiculado na internet, em referência à citação da ex-primeira dama, no depoimento de Lula, como responsável pelo imbróglio do tríplex do Guarujá, na acusação de corrupção envolvendo o petista e a construtora OAS.

Dona Marisa, que sempre guardou distância dos holofotes para evitar a superexposição na mídia, também virou capa da edição desta semana da ‘Veja’.

O título ‘A Morte Dupla’, escrito sob um porta-retrato com a foto da ex-primeira-dama, também gerou protestos, inclusive do departamento de jornalismo da PUC-SP, uma das mais respeitadas faculdades de comunicação do País.

“A exposição de sua foto, na capa, cumpre a função de punir exemplarmente, a exemplo dos rituais da Sagrada Inquisição”, diz um trecho da nota divulgada pela universidade.

Fonte: Especial para Terra
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