A Fazenda 7: cantor DH vence a edição dos vilões

Pouco conhecido ao entrar em A Fazenda, Diego Silveira, o DH, venceu com 44,38% dos votos a sétima edição do programa, concluída na noite de quarta-feira (10). Ele leva para casa o prêmio de 2 milhões de reais. No primeiro dia, DH indicou para sua apresentação ao público a hashtag #queropossoconsigo. Dito e feito.

O vocalista da Banda Cine, invicto por não ter ido para nenhuma roça, desbancou a favorita Babi Rossi (37,05%). A ex-panicat afastou-se temporariamente da apresentação do Muito Show, da RedeTV!, para participar do reality show. O segundo lugar rendeu a ela um automóvel zero km.

A socialite e funkeira Heloísa Faissol ficou na terceira posição, com 18,57%. A final reuniu os demais 14 competidores no estúdio montado no lado de fora da sede, em Itu, interior paulista.

O lema de DH no jogo foi "uma formiga aguenta quinze vezes o seu peso". Mesmo baixo e franzino, ele não se intimidou em nenhum momento. Nem mesmo nos enfrentamentos físicos.

O cantor, de 27 anos, protagonizou brigas peito a peito e testa a testa com o ator Diego Cristo, quase 20 centímetros mais alto. DH chegou a ser chamado de "drogadinho" pelo rival, eliminado logo no início da competição.

Como lembrou o apresentador Britto Jr., DH acreditava que o favoritismo estava com Babi. O músico chegou a lamentar sua suposta desvantagem dias atrás. Os fãs do roqueiro fizeram a diferença na votação online.

Nos três meses de confinamento, Babi apoiou-se na passionalidade: riu, chorou, sensualizou, flertou, brigou. Ela assumiu postura de mocinha de novela. Quem resiste a uma bela competidora com jeito de heroína frágil e injustiçada?

Um de seus episódios de protagonismo aconteceu quando se revoltou com o boato de que seria prostituta. "Só porque eu trabalho de biquíni quer dizer que eu sou puta? Não sou garota de programa e não tenho nada contra quem é", disse, aos prantos.

Mas a diversão de A Fazenda 7 não foi garantida pelos bonzinhos, e sim pelos vilões eleitos pela edição: Felipeh Campos com seu 'sincericídio' e Diego Cristo com uma postura agressiva.

Tanto é que após a saída deles o clima esfriou. Definitivamente, reality show não pode parecer uma colônia de férias — o ideal é reproduzir a tensão de um campo de guerra. O público quer conflito.

Nas duas horas de duração da final de A Fazenda 7, dois clipes exibidos se destacaram. A compilação de porres, com gente descabelada, rastejando pelo chão e sem noção do vexame, comprovou que o álcool é o melhor combustível para tirar os participantes do eixo. Por isso há tanta bebida neste tipo de atração.

Um outro clipe, editado como se fosse um jogo de videogame chamado 'Farm Fight' (Luta na fazenda), mostrou os melhores (ou piores) barracos. Como canta a ex-Fazenda Valesca Popozuda, sobrou "tiro, porrada e bomba" para todo lado. Essa foi uma das edições mais ruidosas do reality da Record.

A Fazenda 7 ficará marcada ainda por acontecimentos inusitados: a prisão por dívida de pensão alimentícia do ex-Menudo Roy, a regra que fez as gêmeas Pepê e Neném valer por uma só, e ainda o desentendimento ao vivo de Britto Jr. com a direção do programa. Aliás, o apresentador nunca teve tanta dificuldade em controlar os participantes.

Com uma edição pouco surpreendente, A Fazenda precisa de oxigenação no formato, principalmente no ritmo e nas atividades impostas aos competidores. O andamento do reality show se tornou previsível ao público mais atento.

O Big Brother Brasil 15, que estreia no dia 20 de janeiro, promete ser uma edição inovadora. Ainda que haja desconfiança geral sobre essa renovação, a Record precisa seguir o mesmo rumo da Globo e tentar exibir um sopro de novidade na próxima A Fazenda.