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A bela oração cantada a Paulo Gustavo na hora da morte

Hino atribuído a São Francisco de Assis já foi gravado por vários artistas brasileiros

10 mai 2021 - 08h37
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No domingo (9), o ‘Fantástico’ dedicou os primeiros 20 minutos a uma homenagem a Paulo Gustavo, morto aos 42 anos por complicações da covid-19. Um dos momentos mais emocionantes foi o relato dos últimos segundos de vida do artista, no leito de UTI, nas palavras de sua mãe e inspiradora, dona Déa Lúcia.

Paulo Gustavo e a imagem criada de São Francisco: “Ele sempre me pedia para cantar a oração”, contou a mãe do humorista
Paulo Gustavo e a imagem criada de São Francisco: “Ele sempre me pedia para cantar a oração”, contou a mãe do humorista
Foto: Fotomontagem: Blog Sala de TV

“Juliana (a irmã de Paulo) segurando uma mãozinha dele; eu, na outra (mão); o Thales (marido do ator) no pé; Júlio (o pai) fazendo carinho na cabeça; e eu chamei Penha (a madrasta) e falei: ‘Vem cá, Penha, segura aqui comigo porque você também participou da vida dele’”, contou, em lágrimas, dona Déa.

“Aí cantamos a oração de São Francisco, porque ele pedia, desde pequeno, para eu cantar e eu cantava. (Os batimentos cardíacos) foram diminuindo, diminuindo, diminuindo...” Seu Júlio complementou a narrativa: “A frequência (cardíaca) foi caindo, caindo, caindo até ficar piscando igual”, relembrou. “E pronto”, disse a mãe.

“Durante a oração...”, comentou a repórter Renata Ceribelli. “Durante a coração. Aí fechamos a cortina e saímos”, revelou o pai do artista. “Foi uma despedida bonita”, concluiu dona Déa, resiliente. “Ele fez o Brasil rir, fez o Brasil orar, fez o Brasil chorar”, disse, comovida, a ‘mãedrasta’, conforme o ator se referia a dona Penha.

Dona Déa entre dona Penha e seu Júlio no 'Fantástico': a família cantou até que o coração de Paulo Gustavo parou de bater
Dona Déa entre dona Penha e seu Júlio no 'Fantástico': a família cantou até que o coração de Paulo Gustavo parou de bater
Foto: Reprodução

Chamada também de ‘Oração da Paz’, a ‘Oração de São Francisco’ tem autoria atribuída a São Francisco de Assis, o frade nascido em Assis, na Itália, em 1181, e que morreu aos 44 anos, enfraquecido por algumas enfermidades. Tornou-se famoso pela defesa dos animais e do meio ambiente.

A oração cantada pelos parentes na despedida a Paulo Gustavo, quando já havia a confirmação da morte cerebral do ator, foi gravada por vários artistas brasileiros de diferentes gêneros musicais. Entre eles, Maria Bethânia, Fagner, Luan Santana, Joanna e Marcelo Falcão.

“Senhor, 

Fazei de mim um instrumento de vossa Paz. 

Onde houver Ódio, que eu leve o Amor, 

Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. 

Onde houver Discórdia, que eu leve a União. 

Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé. 

Onde houver Erro, que eu leve a Verdade. 

Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança. 

Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria. 

Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!

Ó Mestre, 

fazei que eu procure mais: 

consolar, que ser consolado; 

compreender, que ser compreendido; 

amar, que ser amado. 

Pois é dando, que se recebe. 

Perdoando, que se é perdoado e 

é morrendo, que se vive para a vida eterna! 

Amém”

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