'Três Graças' traz três gerações, um mesmo desafio: a história de Lígia, Gerluce e Joélly
Dira Paes, Sophie Charlotte e Alana Cabral falam sobre a trama de 'Três Graças', a nova novela das nove que aborda maternidade na adolescência e superação
De origem simples e com o sobrenome Maria das Graças, Lígia (Dira Paes), sua filha Gerluce (Sophie Charlotte) e a neta Joélly (Alana Cabral) enfrentam um mesmo destino: a gravidez na adolescência e a maternidade solo na nova novela do horário nobre da Globo, Três Graças. Lígia é uma mulher resiliente, doce e determinada, que criou Gerluce sozinha, sem o apoio de Joaquim (Marcos Palmeira), um homem reservado que nunca quis assumir suas responsabilidades paternas.
Seguindo o exemplo da mãe, Gerluce cresceu forte e decidida. Ainda jovem, se envolveu com Jorginho Ninja (Juliano Cazarré), ex-líder de uma facção criminosa na comunidade fictícia da Chacrinha, em São Paulo. Dessa relação, nasceu Joélly, que foi criada com a ajuda de Lígia, enquanto o pai permanece preso há anos. Agora, com a filha na adolescência, Gerluce está determinada a evitar que Joélly repita a mesma trajetória. Mas o destino tem seus próprios planos: aos 15 anos, Joélly descobre que está grávida no início da história.
Dira Paes, que interpreta a matriarca Lígia, destaca o que mais lhe chama atenção na novela: "É uma história sobre mulheres de gerações diferentes que vivem ciclos parecidos. A questão é: como interromper esse ciclo? Como evolui uma mulher que se torna mãe e avó tão jovem? Minha personagem representa a força da mulher que sustenta a família, esse pilar fundamental na estrutura do lar brasileiro."
O pai do bebê de Joélly é Raul (Paulo Mendes), um jovem rico que frequenta a Chacrinha em busca de drogas. Como Gerluce nunca revelou a identidade do pai para Joélly, ela decide não contar que seu envolvimento é justamente com o filho da patroa dela, Arminda (Grazi Massafera). Gerluce é uma mãe exigente e protetora, que apoia a filha desde o primeiro exame, mas Joélly enfrenta desafios sem dividir tudo com a família.
Raul, além da dívida com o chefe do tráfico Bagdá (Xamã), é introvertido e carente de afeto. Apaixonado por Joélly, ele admite não estar pronto para a paternidade, o que deixa a jovem devastada. "Criada por mulheres fortes, Joélly é esperta e independente. Por isso, ela toma decisões sozinha e guarda seus segredos. Mas também é muito sonhadora e acredita no amor," explica Alana Cabral.
Enquanto Gerluce e Lígia desconhecem a situação complicada de Joélly, Kellen (Luiza Rosa), filha do pastor Albérico (Enrique Diaz), apoia a amiga e a incentiva a encarar a gravidez com positividade.
Gerluce encara uma rotina pesada, mas não perde o otimismo. Incentiva Joélly a sonhar com a faculdade de Medicina e a uma vida melhor. Também cuida de Lígia, que luta contra uma doença pulmonar grave e precisou deixar seu trabalho como cuidadora de Josefa (Arlete Salles). Gerluce assume a função e enfrenta a dura realidade de trabalhar para Arminda, lidando com o temperamento difícil da patroa e os deslocamentos diários.
Sem tempo para lazer ou relacionamentos, seu único romance recente é com Gilmar (Amaury Lorenzo), motorista de ônibus. Mas o verdadeiro amor aparece quando conhece Paulinho Reitz (Romulo Estrela), um policial íntegro que atua na comunidade. Contudo, a relação sofre quando Gerluce descobre que Arminda e seu amante Santiago Ferette (Murilo Benício) estão envolvidos em um esquema que prejudica a saúde da mãe e de outras pessoas: os remédios fornecidos pela Fundação Ferette contêm farinha, tornando-os ineficazes.
Com o apoio da farmacêutica Viviane (Gabriela Loran), Gerluce enfrenta um dilema ético: até onde deve ir para combater essa injustiça e proteger sua família?
Sophie Charlotte comenta sobre o conflito de Gerluce: "Ela precisa cuidar da mãe, que é o alicerce da família, mas mexer com pessoas poderosas é perigoso. O desafio é encontrar um caminho seguro para lutar pelo que é certo e proteger quem ama."
Com estreia prevista para outubro, 'Três Graças' é uma criação de Aguinaldo Silva, Virgílio Silva e Zé Dassilva, com direção artística de Luiz Henrique Rios e produção de Gustavo Rebelo e Silvana Feu. A direção de gênero fica por conta de José Luiz Villamarim.
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