Renato Góes revela como é fazer parte do remake de o Vale Tudo: 'É uma responsabilidade'
Renato Góes reflete sobre a responsabilidade de viver Ivan no remake de Vale Tudo, fala da admiração por Antonio Fagundes e revela como busca dar vida a um personagem
Prestes a completar 20 anos de TV Globo, Renato Góes conversou com a Contigo! e revelou que vê o Ivan, de Vale Tudo, como uma gratificação pelo período dedicado ao audiovisual. O ator ainda contou como é participar do remake de uma novela tão emblemática e revela ser uma pessoa determinada. Confira:
Como é fazer parte do remake de uma novela tão emblemática como Vale Tudo?
"É uma mistura de sentimentos! É uma honra, um prazer muito grande, misturado com uma responsabilidade, com uma vontade de fazer dar certo".
Você interpreta o Ivan, personagem que foi do Antonio Fagundes, de quem você é fã. É uma responsabilidade, não é? Chegou a falar com ele?
"Mandei uma mensagem, foi uma troca simples, rápida, nada demais. É muito mais sobre o respeito e admiração. É uma responsabilidade, mas é um peso em um lugar ótimo, porque, ao mesmo tempo que você se sente à prova, se sente contemplado também. Grande parte da minha vida foi dedicada a isso, ano que vem completo 20 anos de TV Globo, então vem num momento que é quase para dar um abraço, um afago e dizer: "Vai, continua aí mais 20 anos, o que for, que você está no caminho certo"".
Você fez outro remake, que foi Pantanal. Essa bagagem te ajudou agora ou a pressão é a mesma?
"Quando você faz um remake, se faz algo que já foi sucesso, a pressão é grande, porque se espera muito. Mas é maravilhoso sentir isso, entrar em cena sabendo que você tem que entregar, porque estarem esperando muito é um combustível maravilhoso".
Você assistiu à primeira versão da novela?
"Sim, assisti a várias coisas. Eu não fui muito longe, tentei entender o clima da nossa novela. E também, claro, tentei captar coisas de trejeitos, possíveis artifícios que eu pudesse utilizar para, em algum lugar, ter uma conexão com o Fagundes. Mas procurei fazer um novo Ivan, um Ivan meu, em que eu acredito, um Ivan que é o reflexo do brasileiro. Queria que as pessoas olhassem e falassem: "Não acredito que ele fez isso" e dois minutos depois pensassem "Acho que no lugar dele eu também faria".
Como define o seu Ivan?
"Acho que é o reflexo do povo brasileiro, que não quer passar por cima de ninguém, mas que quer correr, suar e ter. Quer ver, com o tempo, as coisas mudando para melhor. Quer ver uma progressão de acordo com aquilo que está sendo entregue. E eu acho que o Ivan é isso. Ele quer subir, quer estar onde acha que é o lugar dele e ele estuda e trabalha para isso. Ele quer ter o que ele acha que merece".
Como é contracenar com a Taís Araujo?
"Taís é muito legal. Ela é uma parceira supergenerosa, uma atriz incrível, que traz tanta coisa e principalmente deixa à vontade. O set fica muito leve".
O maior dilema na relação de Ivan e Raquel (Taís Araujo) era a ambição dele. Você se considera uma pessoa ambiciosa? Até que ponto isso é saudável?
"Eu sou um cara muito determinado. É que ambição e ganância são duas coisas que é difícil você querer relacionar, porque geralmente quando você fala de ambição, você fala de uma vontade cega de seguir em frente. E quando você fecha os olhos e segue em frente, principalmente muito rápido, você acaba derrubando algo ou alguém. Acho que ambicioso pode até ser legal. Se bem utilizado e interpretado. Então, eu prefiro dizer que sou um cara determinado".
Está conseguindo conciliar as gravações da novela com sua faculdade de História?
"Na verdade, este ano tranquei, porque o semestre passado eu praticamente só fiz pagar e não comparecer. E aí tranquei. Só falta um período e três períodos de estágio. Quero muito terminar minha faculdade de História. Uma hora vai".
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