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Por que temos chulé e algumas pessoas têm mais que outras

Apesar de causar constrangimento em algumas situações, o chulé um fenômeno que tem explicação biológica e está diretamente ligado ao suor, à presença de bactérias e aos hábitos diários de higiene e uso de calçados. Veja mais!

7 dez 2025 - 10h03
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O mau cheiro nos pés, popularmente chamado de chulé, é um incômodo comum que afeta pessoas de diferentes idades e estilos de vida. Apesar de causar constrangimento em algumas situações, trata-se de um fenômeno que tem explicação biológica e está diretamente ligado ao suor, à presença de bactérias e aos hábitos diários de higiene e uso de calçados. Entender por que o chulé aparece é o primeiro passo para lidar melhor com esse problema.

De forma geral, os pés criam um ambiente favorável para o surgimento de odor forte: costumam ficar fechados em sapatos por várias horas, muitas vezes com pouca ventilação e umidade elevada. Esse cenário ajuda microrganismos a se multiplicar com rapidez. Ainda assim, nem todas as pessoas apresentam o mesmo nível de cheiro, o que levanta dúvidas sobre influência de fatores individuais, como tipo de pele, transpiração e até genética.

O uso prolongado de calçados fechados, meias de material sintético e a falta de ventilação criam um ambiente quente e úmido, ideal para esse processo – depositphotos.com / jayfish
O uso prolongado de calçados fechados, meias de material sintético e a falta de ventilação criam um ambiente quente e úmido, ideal para esse processo – depositphotos.com / jayfish
Foto: Giro 10

O que causa chulé nos pés?

A principal causa do chulé é a combinação de suor com bactérias presentes naturalmente na pele. Os pés possuem muitas glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção de suor para regular a temperatura corporal. Esse suor, por si só, é praticamente inodoro. O mau cheiro surge quando bactérias decompõem componentes do suor e de células mortas da pele, liberando substâncias com odor forte.

O uso prolongado de calçados fechados, meias de material sintético e a falta de ventilação criam um ambiente quente e úmido, ideal para esse processo. Em alguns casos, pode haver também proliferação de fungos, como no pé de atleta, que favorece ainda mais o mau cheiro. Pequenos descuidos diários, como não secar bem entre os dedos ou repetir o mesmo par de sapatos todos os dias, ajudam a manter esse ciclo ativo.

Por que algumas pessoas têm mais chulé que outras?

Nem todo organismo reage da mesma maneira. Algumas pessoas têm tendência a suar mais, condição conhecida como hiperidrose, o que aumenta o risco de chulé. Quanto maior a quantidade de suor acumulado, maior a disponibilidade de "combustível" para as bactérias produzirem odor. Além disso, diferenças no tipo de pele e na composição do suor podem favorecer determinadas colônias de microrganismos, que geram odores mais intensos.

Há também fatores externos que explicam por que alguém apresenta mais chulé do que outra pessoa com rotina semelhante. Entre eles, destacam-se:

  • Material do calçado: sapatos de plástico ou couro sintético dificultam a ventilação;
  • Tipo de meia: tecidos sintéticos retêm mais umidade que fibras naturais, como algodão;
  • Tempo de uso: ficar muitas horas com o mesmo calçado, sem pausa para arejar;
  • Hábitos de higiene: lavagem insuficiente dos pés ou enxágue e secagem inadequados;
  • Alterações hormonais: adolescência e algumas condições de saúde podem alterar o padrão de suor;
  • Alimentação e medicamentos: certos alimentos e fármacos influenciam o cheiro corporal.

Esses fatores somados explicam por que o mau cheiro nos pés aparece com mais frequência em algumas pessoas, mesmo quando todas parecem seguir rotinas parecidas.

Como diminuir o chulé no dia a dia?

Embora o chulé seja comum, existem medidas simples que ajudam a controlar o problema. A higiene regular é o ponto central: lavar os pés diariamente com água e sabão, esfregando bem a planta e entre os dedos, reduz a quantidade de suor e de resíduos disponíveis para as bactérias. Secar com atenção, especialmente nas dobras, é essencial para evitar que a umidade permaneça.

Além da higiene, alguns cuidados práticos podem fazer diferença:

  • Preferir meias de algodão ou com boa capacidade de absorção;
  • Trocar as meias diariamente, ou mais de uma vez ao dia em caso de muito suor;
  • Alternar os calçados, deixando cada par descansar e arejar por pelo menos 24 horas;
  • Usar sapatos mais abertos quando possível, favorecendo a ventilação;
  • Aplicar talcos antissépticos ou produtos específicos para controle de suor nos pés, conforme orientação profissional;
  • Evitar andar horas com o mesmo calçado úmido, dando pausas para retirar o sapato.

Em pessoas com suor excessivo, o acompanhamento com profissional de saúde pode indicar opções como cremes com ação antitranspirante ou outros tratamentos. O objetivo é reduzir a umidade e equilibrar a flora de microrganismos da pele, diminuindo a intensidade do mau cheiro.

Pessoas com diabetes, problemas circulatórios ou imunidade comprometida devem observar ainda mais os pés, pois pequenas lesões associadas à umidade e ao mau cheiro podem evoluir com mais facilidade – depositphotos.com / Dimid_86
Pessoas com diabetes, problemas circulatórios ou imunidade comprometida devem observar ainda mais os pés, pois pequenas lesões associadas à umidade e ao mau cheiro podem evoluir com mais facilidade – depositphotos.com / Dimid_86
Foto: Giro 10

Quando o mau cheiro dos pés pode indicar outro problema?

Na maior parte dos casos, o chulé está ligado apenas ao acúmulo de suor e bactérias, mas alguns sinais merecem atenção. Odor muito forte associado a coceira intensa, descamação, feridas entre os dedos ou na planta dos pés pode sugerir presença de fungos ou outra infecção de pele. Situações assim podem exigir avaliação médica para diagnóstico e tratamento adequados.

Pessoas com diabetes, problemas circulatórios ou imunidade comprometida devem observar ainda mais os pés, pois pequenas lesões associadas à umidade e ao mau cheiro podem evoluir com mais facilidade. Manter acompanhamento regular e relatar mudanças no cheiro, na cor ou na sensibilidade dos pés ajuda a prevenir complicações.

Controlar o chulé passa, portanto, por entender como o suor, os calçados e os hábitos diários se combinam. Com ajustes simples na rotina e atenção a sinais de alerta, é possível reduzir o mau cheiro nos pés e tornar esse contratempo muito mais administrável no cotidiano.

Giro 10
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